Um dos setores pioneiros na industrialização brasileira se tornou tema de um dossiê na Revista Tempo & Argumento em sua mais nova edição (volume 12, número 30, 2020). Traçando conexões com a atualidade, como o setor têxtil de vestuário jeans no agreste pernambucano – retratado no filme “Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar” – mas mergulhando no passado das fábricas de tecido pelo país afora, o dossiê convida leitoras e leitores a visitarem instigantes histórias do trabalho têxtil no afã de estimular reflexões sobre as precárias relações de trabalho que se anunciam no presente.
Organizado pelos professores Murilo Leal Pereira Neto (da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP e pesquisador associado do LEHMT-UFRJ), Lucas Porto Marchesini Torres (Visiting Scholar na Duke University) e Felipe Ribeiro (da Universidade Estadual do Piauí – UESPI e pesquisador do LEHMT-UFRJ), o dossiê “Estudos recentes sobre os mundos do trabalho têxtil no Brasil” reúne seis artigos que oferecem uma visão ampla e rica dos mundos do trabalho no país ao longo do século XX, seja pela variedade de regiões estudadas, pela amplitude das fontes pesquisadas, como também pelas temáticas abordadas, como trabalho infantil e feminino, sociabilidades e festividades, condições de trabalho e tensões entre operários e administração fabril, além de processos de desindustrialização. Além dos seis artigos, o dossiê também traz importante entrevista com o antropólogo José Sérgio Leite Lopes (UFRJ), autor de obras que inspiram muitas das pesquisas que abastecem o dossiê, além de outras tantas. Vale a pena conhecer a “tecelagem” desse antropólogo do trabalho.
Para conferir o novo número da Revista Tempo & Argumento, basta acessar: https://doi.org/10.5965/2175180312302020
Crédito da imagem de capa: Capa da Revista Tempo & Argumento v.12 n.30 (2020)