A Petrobrás apoiou a Ditadura (1964-1985). A empresa agiu em cumplicidade com o regime autoritário e atuou como braço repressor sobre os trabalhadores. Já no primeiro dia da Ditadura, em 1º de abril de 1964, houve a detenção de um grupo expressivo de trabalhadores da empresa. Muitas prisões aconteceram nos locais de trabalho, que tiveram seus alojamentos transformados em centros de detenção e tortura.
Esse caso é tema do primeiro episódio da série Trabalhadores atingidos: a colaboração empresarial com a ditadura, do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ, realizada em parceria com o Centro de Memória do Sul Fluminense da UFF e com a rede de pesquisadores envolvidos no projeto “Responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a Ditadura” (projeto do CAAF/ UNIFESP com o MPF). São 4 episódios que exploram as colaborações da Petrobrás, CSN, Aracruz e Josapar, com a Ditadura.
O episódio está disponível no link abaixo e nas principais plataformas de podcast. Caso queira conhecer mais sobre as empresas que foram cúmplices da Ditadura, acesso o Informe Público da pesquisa, que além dos quatro casos acima, apresenta dados sobre a colaboração de outras empresas, a saber: Cobrasma, Docas, Fiat, Folha de São Paulo, Itaipu e Paranapanema. 

Informe público: https://drive.google.com/file/d/1aPxxQ82hBhCwc4B8_3PruYNFgW-4kQVb/view?usp=sharing

Ficha técnica:

Projeto e execução: Alejandra Estevez, Bruno Cecílio, Deivison Amaral, Larissa Farias, Thompson Climaco | Roteiro: Deivison Amaral | Revisão de Roteiro: Alejandra Esteves | Edição: Deivison Amaral e Thompson Climaco | Apresentação: Larissa Farias | Entrevista com Luci Praun: Alejandra Esteves, Deivison Amaral e Larissa Farias | Entrevista com trabalhadores atingidos: Luci Praun.

Equipe responsável pela pesquisa sobre a Petrobras:

Luci Praun (Ufac, pesquisadora responsável) | Alex de Souza Ivo (Ifba) | Carlos E. S. de Freitas (Ufba – Uneb) | Claudia Lima da Costa (Jornalista) | Júlio Cesar P. de Carvalho (UFF) | Márcia Costa Misi (UEFS) | Ana Letícia de Fiori (Ufac) | Marcos de Almeida Matos (Ufac) | Vitor Góis (Pesquisador Unir)

Nesta sexta edição da série “Vale a Dica”, Victória Cunha, mestranda em história pela UFRJ e pesquisadora do LEHMT/UFRJ, sugere uma visita ao Museu de Artes de Ofícios, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Localizado nos prédios que comportavam as antigas estações de trem da capital mineira, o MAO é a morada do único museu que se dedica integralmente ao tema do trabalho, das artes e dos ofícios no Brasil. Seu acervo é resultado do trabalho do engenheiro Flávio Gutierrez e de sua filha Angela Gutierrez, que colecionaram mais de 2.500 peças relacionadas aos ofícios do período pré-industrial no Brasil. De acordo com a instituição, “O museu é um convite para que o trabalhador se encontre consigo mesmo, com sua história e com seu tempo”. O acervo material presente na exposição nos permite refletir sobre as configurações dos mundos do trabalho no Brasil e nas suas transformações ao longo do tempo.

Projeto e execução: Alexandra Veras, Isabelle Pires, Larissa Farias, Victória Cunha e Yasmin Getirana

Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.

“Vozes comunistas” é uma série especial do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ. Entre março de 2022 e março de 2023 homenageamos o centenário do Partido Comunista Brasileiro (PCB) com a divulgação de trechos de entrevistas de antigos sindicalistas, lideranças operárias e camponesas ou mesmo trabalhadores/as de base que contam um pouco da história do PCB e sua importância para a história do trabalho no Brasil.

Em nosso vigésimo primeiro episódio, penúltimo da série, apresentamos trechos de uma entrevista realizada em 1985 com o líder bancário mineiro Armando Ziller. Ziller ingressou no PCB em 1932 e tornou-se uma icônica liderança sindical dos bancários, participando de grandes lutas, como a greve nacional da categoria em 1946 e de importantes conquistas, como a jornada de 6 horas. Foi eleito deputado estadual em 1947, participando da elaboração da constituição mineira de 1947. No trecho que ouviremos, Armando Ziller fala sobre sua experiência sindical durante as décadas de 30 e 40. Esta voz comunista é apresentada pelo professor do Instituto de História da UFRJ, Carlos Ziller, também neto de Armando.

Projeto e execução: Ana Clara Tavares, Felipe Ribeiro, Larissa Farias e Paulo Fontes
Apoio: Centro de Documentação e Imagem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Agradecemos às instituições e pesquisadores que gentilmente colaboraram com nosso projeto

Referência da entrevista: ZILLER, Armando. Entrevistadoras: DELGADO, Lucília de Almeida Neves e ALVES, Célia Regina. Belo Horizonte, MG, Brasil. Setembro de 1985. 4 fitas K7 (60 minutos). Acervo do Núcleo de História Oral do Laboratório de História do Tempo Presente da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (NHO/LHTP/FAFICH/UFMG).

Samuel Oliveira, professor do CEFET-RJ e pesquisador do LEHMT-UFRJ, publicou três artigos e participou de um podcast sobre a história urbana de Belo Horizonte e dos trabalhadores favelados. Em “O ‘desfavelamento’ em Belo Horizonte: política urbana, habitação popular e assistência social”, pela Revista de História Regional, “A imaginação da informalidade […]