Houve um tempo em que a primeira imagem que vinha à cabeça quando se pensa no movimento operário na Primeira República (1889-1930) era a do operário anarquista, imigrante italiano, radical em suas ações e que objetivava a revolução social. Essa imagem não é universal. Os movimentos de matriz reformista e mais conservadores ganharam pouco espaço na historiografia e trabalhadores e trabalhadoras que aderiram às fileiras desse tipo de organização operária foram recorrentemente criticados por um suposto caráter desmobilizador de sua militância.
A história das primeiras organizações de trabalhadores de Belo Horizonte, onde foi majoritária a presença do sindicalismo reformista católico, é um exemplo da diversidade da classe operária organizada nas primeiras décadas republicanas. Na cidade, a militância católica não teve caráter desmobilizador, ao contrário, foi incentivadora da organização de sindicatos profissionais. Essa história é contada no livro de Deivison Amaral, Catolicismo e trabalho: a cultura militante dos trabalhadores de Belo Horizonte (1909-1930), coeditado pelas editoras Appris e Prismas. O livro analisa a cultura militante católica em Belo Horizonte, entre 1909 e 1941, investiga a dimensão associativa e a atuação de trabalhadores, organizações, sindicatos e militantes leigos. Ademais, relaciona aspectos da formação política e religiosa dos trabalhadores e militantes leigos com a dimensão transnacional de constituição do movimento operário cristão.
Para adquirir a obra: http://tiny.cc/uud14y ou amaraldga@gmail.com
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