Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho

Chão de Escola #45: Jogo “Cidade Operária”, por Claudiane Torres, João Christovão, Luciana Wollman e Matheus Lira


Claudiane Torres da Silva (Doutora em História e professora do Ensino Fundamental II da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro e coordenadora da equipe de História do Pré Vestibular Cederj do Estado do Rio de Janeiro)


Apresentação da atividade

Segmento: 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio (regular e EJA)

Unidade temática: O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX/ Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.

Objetos de conhecimento:
O período varguista e suas contradições; O Brasil da era JK e o ideal de uma nação moderna: a urbanização e seus desdobramentos em um país em transformação; A ditadura civil-militar e os processos de resistência; O processo de redemocratização.

Objetivos gerais:
– Conhecer, de maneira lúdica, capítulos importantes da história da classe trabalhadora brasileira, da Era Vargas até a redemocratização do país após a ditadura, em 1985.
– Estimular o conhecimento sobre a história dos/as trabalhadores/as do Brasil, possibilitando ao/a estudante que tenha acesso a informações nem sempre disponíveis em materiais didáticos voltados para o seu segmento;
– Possibilitar o trabalho em equipe e o compartilhamento de conhecimentos e informações entre os/as estudantes.

Duração da atividade: 

Aulas Planejamento
01Apresentação e organização
02 e 03Jogo

Conhecimentos prévios:
– Era Vargas (1930-1945)
– Período nacional-desenvolvimentista (1945-1964)
– Ditadura empresarial-militar (1964-1985)
– Redemocratização do Brasil pós 1985

Atividade

Atividade e recursos:

Ler as regras junto com eles mostrando como as questões são organizadas. Estabelecer um tempo para que as equipes respondam às perguntas.

Após o jogo o professor pode propor ao grupo que faça uma reflexão sobre as questões com que eles se depararam para saber qual o nível de dificuldades que eles atribuem às questões, além de buscar saber se a percepção deles com relação aos trabalhadores e suas lutas mudou a partir do que eles passaram a conhecer.

Regras do jogo Cidade Operária

Número de participantes: de 3 a 6 participantes individuais ou de 3 a 6 equipes de até 5 jogadores.

Cada jogador ou equipe escolhe uma peça que irá representá-lo no jogo. A ordem dos jogadores será definida pela sorte no dado, sendo o primeiro aquele que tirar o maior número e assim sucessivamente.

O jogo se inicia com o primeiro jogador jogando o dado e respondendo a questão que lhe venha a ser atribuída.

A cada resposta correta o jogador acumula o número de pontos estabelecido na carta em que estava a sua pergunta. Caso o jogador não acerte ele não somará pontos.

O objetivo do jogo não é chegar primeiro ao fim da trilha do tabuleiro. O objetivo é somar o maior número de pontos. Ganha quem, ao final da partida tiver acertado o maior número de questões e obtido o maior número de pontos. Cada carta vale 3 pontos.

Assim, o jogo pode ser jogado em duas modalidades de duração da partida.

1. O jogo pode ser jogado até que um dos participantes chegue ao final. Sendo que o vencedor não será o que chegar primeiro ao fim, mas aquele que somar mais pontos.
2. Ou o jogo poderá ser jogado até que um dos participantes/grupo alcance um determinado número de pontos estabelecido previamente e, assim, consiga se sagrar vencedor.

Bibliografia e Material de apoio:

ABREU, Alzira Alves de et al. (Coord.). Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro (DHBB). Rio de Janeiro: FGV, 2001.

Atlas Histórico FGV: https://atlas.fgv.br/verbete/7794#:~:text=As%20ligas%20camponesas%20foram%20associa%C3%A7%C3%B5es,de%20Jo%C3%A3o%20Goulart%20em%201964 , acessado em 28 de outubro de 2024.

CHRISTOVÃO, João Henrique de Oliveira. Trabalhadores do sal: organização sindical e lutas sociais nas salinas cabo-frienses – 1940/1974 https://repositorio.fgv.br/items/3c822297-d054-462b-bd22-e67fe47b4606 , acessado em 28 de outubro de 2024.

DOMINGUES, Joelza Ester. Blog Ensinar História, https://ensinarhistoria.com.br/1-de-maio-dos-trabalhadores/ ,acessado em 28 de outubro de 2024.

PEREIRA, Walter Luiz Carneiro de Mattos. Cabo das tormentas e vagas da modernidade: uma história da Companhia Nacional de Álcalis e de seus trabalhadores. Cabo Frio (1943 – 1964) Arraial do Cabo. 2009. https://app.uff.br/riuff;/handle/1/26823 acessado em 28 de outubro de 2024.

https://lehmt.org/lmt-130-rua-diogo-rebolo-campinas-sp-ricardo-pirola/ acessado em 28 de outubro de 2024.

https://atlas.fgv.br/verbetes/greve-geral-de-1917 acessado em 28 de outubro de 2024.

https://www.youtube.com/watch?v=Z6WMPuQyHxw acessado em 28 de outubro de 2024.

https://www.seperj.org.br/wp-content/uploads/2021/03/boletim3434.pdf acessado em 28 de outubro de 2024.

https://smabc.org.br/a-greve-de-marco-de-1979-que-ninguem-nunca-mais-ouse-duvidar-da-capacidade-de-luta-dos-trabalhadores/ acessado em 28 de outubro de 2024.

https://lehmt.org/lugares-de-memoria-dos-trabalhadores-estadio-de-vila-euclides-sao-bernardo-do-campo-sp-john-french/ acessado em 28 de outubro de 2024.

https://lehmt.org/contribuicao-especial-25-a-greve-dos-300-mil-70-anos/ acessado em 28 de outubro de 2024.


Créditos da imagem de capa: Jogo.


Chão de Escola

Nos últimos anos, novos estudos acadêmicos têm ampliado significativamente o escopo e interesses da História Social do Trabalho. De um lado, temas clássicos desse campo de estudos como sindicatos, greves e a relação dos trabalhadores com a política e o Estado ganharam novos olhares e perspectivas. De outro, os novos estudos alargaram as temáticas, a cronologia e a geografia da história do trabalho, incorporando questões de gênero, raça, trabalho não remunerado, trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias e até mesmo desempregados no centro da análise e discussão sobre a trajetória dos mundos do trabalho no Brasil.
Esses avanços de pesquisa, no entanto, raramente têm sido incorporados aos livros didáticos e à rotina das professoras e professores em sala de aula. A proposta da seção Chão de Escola é justamente aproximar as pesquisas acadêmicas do campo da história social do trabalho com as práticas e discussões do ensino de História. A cada nova edição, publicaremos uma proposta de atividade didática tendo como eixo norteador algum tema relacionado às novas pesquisas da História Social do Trabalho para ser desenvolvida com estudantes da educação básica. Junto a cada atividade, indicaremos textos, vídeos, imagens e links que aprofundem o tema e auxiliem ao docente a programar a sua aula. Além disso, a seção trará divulgação de artigos, entrevistas, teses e outros materiais que dialoguem com o ensino de história e mundos do trabalho.

A seção Chão de Escola é coordenada por Claudiane Torres da Silva, Luciana Pucu Wollmann do Amaral, Samuel Oliveira, Felipe Ribeiro, João Christovão, Flavia Veras e Leonardo Ângelo.

Sair da versão mobile