Amanda Coelho (graduanda em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF -GV)1
Manoela Bicalho (ex-graduanda em História pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG)1
Otávio Lopes (doutorando e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG)1
Apresentação da atividade
Segmento: Ensino Médio
Unidade temática: História do Brasil Contemporâneo
Objetos de conhecimento: Ditadura militar brasileira
Objetivos gerais:
– Analisar o envolvimento e a atuação de empresas durante o regime militar brasileiro;
– Elucidar as graves violações de direitos humanos cometidas pelas empresas contra os seus trabalhadores;
– Estimular o pensamento crítico a respeito do período ditatorial brasileiro;
– Debater possíveis alternativas de reparação a serem desenvolvidas pelas empresas que colaboraram com o regime militar e a violação de direitos humanos.
Habilidades a serem desenvolvidas (de acordo com a BNCC):
(EF09HI19) Identificar e compreender o processo que resultou na ditadura civil-militar no Brasil e discutir a emergência de questões relacionadas à memória e à justiça sobre os casos de violação dos direitos humanos.
Duração da atividade: 4 aulas de 50 minutos
Aulas | Planejamento |
1 | Etapa 1 |
2 e 3 | Etapa 2 |
4 | Etapa 3 |
Conhecimentos prévios:
– O Golpe empresarial-militar de 1964 e a ditadura militar;
– Participação de setores da sociedade civil na ditadura militar;
– Desenvolvimentismo
Atividade
Atividade e recursos: Exposição oral, datashow, caixas de som e utilização do quadro.
Etapa 1: A Cia Siderúrgica Belgo-Mineira e a ditadura militar
Aula 1
Professor/a, informe aos alunos que, atualmente, Fexistem várias investigações sobre empresas que praticaram graves violações de direitos humanos entre 1964 e 1985, durante o regime militar.
Várias empresas e empresários colaboraram com os militares e com a repressão aos trabalhadores. Entre elas, cite exemplos como: Aracruz, Cobrasma, Cia Docas de Santos, Companhia Siderúrgica Nacional, Fiat, Folha de S. Paulo, Itaipu, Josapar, Paranapanema, Petrobrás, Belgo Mineira, Embraer e Mannesmann. Ressalte, ainda, que muitas dessas empresas se beneficiaram do regime instaurado em 1964 e colaboraram, direta ou indiretamente, com ele.
Os resultados das investigações realizadas por diversos pesquisadores da história do Brasil foram entregues ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Trabalho. O objetivo é que essas empresas sejam responsabilizadas, seja de forma voluntária, por meio de um acordo, ou de maneira coercitiva, com a condenação em ação judicial, pelo o que fizeram durante o regime militar brasileiro contra os trabalhadores.
Uma das empresas que colaboraram com o regime militar foi a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira. Nesse sentido, os estudantes devem realizar a atividade abaixo para aprofundar na análise do caso da Belgo-Mineira.
Leia o Texto I e assista ao Vídeo 1, e responda as questões abaixo.
TEXTO 1 – A história da Cia Siderúrgica Belgo-Mineira
Por Manoela Bicalho, Otávio Lopes e Amanda Coelho
A Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (CSBM) foi fundada em 1917, inicialmente como Companhia Siderúrgica Mineira, com sua primeira fábrica localizada em Sabará/MG. A escolha do local foi estratégica, devido à abundância de minérios, florestas e à proximidade de uma linha ferroviária. A empresa foi criada para produzir aço e, por isso, precisava de minério de ferro e de carvão vegetal como matérias primas.
Após as dificuldades iniciais, incluindo os problemas técnicos e financeiros, a empresa foi reorganizada, em 1921, com a chegada de capital estrangeiro da ARBED, empresa belga-luxemburguesa. Em 1923, recebeu empréstimos e benefícios fiscais do governo brasileiro, permitindo que a empresa se expandisse.
A CSBM enfrentou crises e paralisações, como em 1926, quando a ARBED precisou enviar o engenheiro Louis Ensch para revitalizar a produção. Dois anos depois, em 1928, a fábrica em Sabará alcançou uma produção anual de 10 mil toneladas, posicionando-se como uma das maiores do Brasil.
Na década de 1930, no governo de Getúlio Vargas, a CSBM iniciou a construção de uma nova fábrica em João Monlevade/MG, então distrito de Rio Piracicaba, inaugurada em 1937. A localidade não contava com nenhuma infraestrutura para receber os funcionários, então a empresa construiu equipamentos urbanos como moradias, escolas e hospitais no entorno da fábrica.
A Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, em 1940, tornou-se a maior siderúrgica da América Latina. Com o apoio da Marinha, durante a Segunda Guerra Mundial, a CSBM construiu trilhos ferroviários, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do transporte brasileiro. Além disso, a empresa foi fundamental para o desenvolvimento urbanístico das cidades de Sabará e João Monlevade, investindo em infraestrutura e serviços para seus trabalhadores. Contudo, essa atuação também resultou em um forte controle sobre a vida dos operários.
Em 1958, foi inaugurada a planta de uma nova trefilaria (fábrica que transforma metais em fios, barras e tubos), a ser construída na Cidade Industrial de Contagem. Em 1963, a Trefilaria de João Monlevade foi totalmente desativada, transformando a de Contagem em uma das maiores do mundo.
A CSBM, principalmente entre as décadas de 1960 e 1980, enfrentou um cenário de muitas greves e tensões, em decorrência das políticas salariais e de controle social que vigoravam na época. Nesse mesmo período, colaborou com o regime militar e se beneficiou das políticas econômicas estabelecidas pelos governos militares.
A CSBM continuou a expandir e modernizar suas operações ao longo do tempo. Em 2005, fundiu-se com outras empresas, formando a Arcelor Brasil, que posteriormente passou a se chamar ArcelorMittal Brasil. Atualmente, é uma das maiores produtoras de aço do país, com capacidade de produção anual superior a 12,5 milhões de toneladas e usinas em seis estados brasileiros.
VÍDEO I – Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira articulou o golpe de 1964 com militares e empresários em Minas Gerais
Fonte: Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira articulou o golpe de 1964 com militares e empresários. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=u9464nAgdOo. Acesso em 19 mar.2025.
QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO
1. Identifique os momentos em que a Cia Siderúrgica Belgo-Mineira recebeu apoio do governo brasileiro.
2. Por que diferentes governos brasileiros apoiaram a instalação e expansão da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira? .
3. Conceitue desenvolvimentismo e relacione com o apoio dos governos brasileiros à siderúrgica.
4. Identifique as formas como a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira colaborou com o golpe e com o regime militar.
5. Explique como a empresa se beneficiou do apoio ao regime militar.
Etapa 2: A atuação da Belgo-Mineira na cidade de João Monlevade e o contexto do golpe empresarial-militar de 1964
Aula 2
Professor/a, dando continuidade à aula 1, explique aos estudantes que esta aula abordará como a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira controlava a vida dos trabalhadores.
Os estudantes observarão isso por meio da análise da construção da cidade de João Monlevade pela Belgo-Mineira.
Leia o Texto II, assista ao Vídeo II e responda as questões abaixo.
TEXTO II – A criação da cidade de João Monlevade (MG)
Por Manoela Bicalho, Otávio Lopes e Amanda Coelho
A segunda usina da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira foi instalada no terreno da antiga Fazenda Solar, propriedade de Jean Monlevade, onde também funcionava uma Forjaria do mesmo proprietário.
Para viabilizar o projeto, o então presidente Getúlio Vargas ordenou a construção do ramal ferroviário Santa Bárbara, que possibilitou o transporte até o local, antes isolado, e lançou, em agosto de 1935, a pedra fundamental da Usina de Barbanson.
O local não possuía infraestrutura urbana para abrigar os trabalhadores e, por isso, coube à empresa construir todo o conjunto do que viria a ser o distrito de João Monlevade – pertencente, até então, ao município de Rio Piracicaba. A empresa providenciou ruas, residências, escolas, um hospital, centros comerciais, clubes, cinema, entre outros. Até mesmo a energia elétrica era fornecida pela empresa, que recebeu de Vargas uma concessão para a construção de uma hidrelétrica no rio Piracicaba.
A Belgo-Mineira controlava os filmes que seriam passados no cinema, a forma do ensino nas escolas, os produtos que seriam vendidos e por qual valor. “Ou seja, a empresa realizava um controle absoluto do espaço, determinava as regras a serem cumpridas, não só no ambiente de trabalho, como também fora dele, exercendo influência em todas as esferas da vida dos empregados” (CAMISASCA, 2024, p. 21).
O desenvolvimento da região ficou diretamente vinculado às atividades siderúrgicas da Companhia, cuja usina entrou em operação em 1937. A gestão dos equipamentos urbanos construídos pela Belgo-Mineira permaneceu sob sua responsabilidade até 1964, quando João Monlevade deixou de ser um distrito e foi elevado à categoria de município, transferindo, então, esses serviços para a administração municipal.
VÍDEO II – A colônia Luxemburguesa
Fonte: Vídeo “Alto-baixo”, produzido pela cineasta e historiadora Dominique Santana. Disponível em: https://colonia.lu/pt-br/alto-baixo-1. Acesso em 19 mar. 2025.

Créditos mapa da cidade: Dominique Santana
QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO
1. Identifique as formas de controle social estabelecidos pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira na cidade de João Monlevade.
2. Por que existiam essas formas de controle social?
3. Pesquise no Google o município de João Monlevade, em Minas Gerais, e cite outros exemplos de cidades que foram construídas em torno de um empreendimento fabril.
4. Explique por que a cineasta deu o título de “alto-baixo” para apresentação da construção da cidade de João Monlevade.
Aula 3
Professor/a, dando prosseguimento à aula 2 (sugerimos a realização de uma segunda aula com o tema relacionado a João Monlevade), discutiremos o envolvimento da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira no golpe empresarial-militar de 1964, mostrando como o controle social da empresa aumentou no contexto autoritário. Recupere do aprendizado construído na aula 1, evidenciando a colaboração entre a Siderúrgica Belgo-Mineira e o regime militar.
Leia os Textos III, assista ao Vídeo III e responda o questionário.
TEXTO III – O Golpe de 1964 e os trabalhadores metalúrgicos de João Monlevade (MG)
Por Manoela Bicalho, Otávio Lopes e Amanda Coelho
Alguns dias após o Golpe de 1964, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de João Monlevade sofreu uma intervenção. O chefe de segurança da Belgo, que era um militar reformado, foi nomeado interventor. Um mês depois, foi nomeada uma Junta Governativa para gerir a entidade. Muitos operários sindicalizados foram perseguidos, presos e alguns foram torturados.
De acordo com a historiadora Marina Camisasca, após a intervenção no sindicato, foi ministrada uma palestra, por um major do Exército, para explicar o que estava ocorrendo na cidade: uma forte perseguição àqueles que eram considerados “subversivos”, inclusive com o deslocamento de tropas de Governador Valadares/MG para a cidade.
A empresa, por meio de um jornal, manifestou apoio às intervenções nos sindicatos. Esse apoio se deu de diversas formas, inclusive com o empréstimo de veículos da Companhia para prender lideranças sindicais. Em João Monlevade, muitos operários foram detidos pela polícia – tanto em suas residências quanto dentro da própria fábrica – e conduzidos à cadeia local. Alguns trabalhadores foram transferidos para o DOPS-MG, em Belo Horizonte, e sofreram tortura física e psicológica. Foi o caso, por exemplo, de Virgílio Salomão, ex-funcionário da Companhia, que foi preso e torturado e anos depois foi candidato a prefeito de Monlevade contra candidato apoiado pela Belgo. Virgílio morreu, subitamente, 5 dias antes das eleições. Sua esposa, Tereza Salomão, recorda-se que o interventor do sindicato, em 1964, gritava para que os operários demitidos botassem “a viola no saco, a família na frente” e desaparecessem da cidade.
Geraldo Oscar, presidente do sindicato na época da intervenção, conta que saiu “escorraçado” da cidade; que teve que “entregar” a sua casa de uma hora para a outra, mal tendo tempo de retirar seus pertences; e que passou 30 dias preso no DOPS- MG em Belo Horizonte. Muitos trabalhadores estáveis (a legislação da época previa que trabalhadores com mais de 10 anos na empresa não poderiam ser demitidos) foram obrigados a pedir demissão, sendo escoltados por policiais armados até o escritório do Chefe do Serviço Social da empresa para assinar o pedido e, em seguida, até o fórum de Rio Piracicaba para que o juiz trabalhista homologasse as dispensas.
Feito isso, os trabalhadores eram obrigados a abandonar as residências e ordenados a ir embora de João Monlevade. As próprias famílias de alguns deles foram vítimas da violência da polícia, com o consentimento da empresa.
Outros operários, que não foram forçados a pedir demissão, ficaram detidos por vários dias dentro da usina da CSBM, sob o cerco da Polícia Militar na portaria da fábrica. Há relatos de que esses trabalhadores sofreram torturas físicas e psicológicas.
A Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira apoiou verbal e materialmente o golpe empresarial-militar de 1964, bem como colaborou com a polícia durante todo o regime ditatorial. Com a anuência da empresa, muitos de seus funcionários foram vigiados, perseguidos, presos e torturados. A Companhia se aproveitava do seu poder e influência para coibir manifestações, greves, sindicalizações e qualquer outro tipo de organização dos trabalhadores.
No caso da cidade de João Monlevade, nota-se que o controle social já existia antes da ditadura, e que durante esse período ele encontrou condições favoráveis para se endurecer.
VÍDEO III – A repressão na cidade de João Monlevade (MG)
Fonte: Vídeo “Repressão”, produzido pela cineasta e historiadora Dominique Santana. Disponível em: https://colonia.lu/pt-br/repressao-9. Acesso em 19 mar. 2025.
QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO
1. Como a cidade de João Monlevade foi afetada pelo Golpe de 1964?
2. Após o Golpe de 1964, quais as ações da empresa para reprimir os trabalhadores?
3. A partir do vídeo feito pela cineasta e historiadora Dominique Santana, identifique duas memórias distintas sobre a repressão na cidade de João Monlevade.
4. Discuta por que existem diferentes memórias sobre a ditadura.
5. Com base no conteúdo discutido na Etapa 2, escreva um texto (3 parágrafos) discutindo a seguinte questão: A responsabilidade pelas violações de direitos humanos cometidas em João Monlevade deve recair sobre a empresa, sobre a polícia/Estado ou ser compartilhada por ambas?
Etapa 3: Uma ditadura empresarial-militar?
Aula 4
Professor(a), retome o debate feito na aula 1, situando que a colaboração da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira não foi um caso isolado, havia outras empresas que também colaboraram com o regime militar e que estão sendo investigadas.
Como atividade de finalização da sequência didática, peça que os alunos leiam a série de reportagens publicadas pela Agência Pública, intitulada “Empresas Cúmplices da Ditadura”, e formem grupos para apresentar os vários casos de colaboração entre industriais e governo militar.
ATIVIDADE EM GRUPO
Leia o dossiê “Empresas Cumplies da Ditadura”.
Forme grupos na turma (4 a 7 grupos). Cada grupo, deve escolher um tema abaixo para apresentar na sala:
– Volkswagen e a ditadura
– Embraer e a ditadura
– Mannesmann e a ditadura
– Cia Siderúrgica Nacional (CSN) e a ditadura
– Fiat e a ditadura
– Folha de São Paulo e a ditadura
– Cobrasma e a ditadura]
– Companhia Docas e a ditadura
A apresentação do grupo deve constar:
A) Um histórico da formação da empresa e como ela se relacionou com o regime militar;
B) Uma apresentação de imagens que ilustrem empresa/a colaboração com a ditadura e que formem um pequeno mural sobre o caso;
C) Uma breve discussão sobre o que é o conceito “ditadura empresarial-militar” e sua relação com o caso apresentado.
Bibliografia e Material de apoio:
Antiga estrada da Belgo-Mineira em Sabará. Canal da Imagem e do Som. Acervo PBH. In: Bonfioli Filmes. Igino Bonfioli. Belo Horizonte, 1932. Película P&B, 82 minutos, sonoro.
Antiga Fábrica da Belgo-Mineira em Sabará. Canal da Imagem e do Som. Acervo PBH. In: Bonfioli Filmes. Igino Bonfioli. Belo Horizonte, 1932. Película P&B, 139 minutos, sonoro.
CAMISASCA, Marina. Belgo-Mineira. In: TELES, Edson; OSMO, Carla; CALAZANS, Marília Oliveira (orgs.). Informe público 2: A responsabilidade de empresas por violação de direitos durante a ditadura. São Paulo: CAAF/Unifesp, 2024. p. 15-39. Disponível em:https://www.unifesp.br/reitoria/caaf/images/CAAF/Empresas_e_Ditadura/InformePublico.pdf. Acesso em: 21 mar. 2025.
DOMENICI, Thiago (coord.). Empresas Cúmplices da Ditadura. Agência Pública, 2023/2024. Disponível em: https://apublica.org/especial/as-empresas-cumplices-da-ditadura-militar/. Acesso em: 23 set. 2024.
OSCAR, Geraldo. Depoimento à equipe do Centro de Referência e Memória do Trabalhador (CEREM), João Monlevade, 09 nov. 2006. Disponível em: <https://ceremjm.wordpress.com/presidentes-do-sindicato/geraldo-oscar/>. Acesso em: 20 dez. 2024.
SALOMÃO, Tereza. “Seu porco tá aí”. Vídeo disponível no site do Centro de Referência e Memória do Trabalhador (CEREM), João Monlevade, 02 nov. 2011. Disponível em: <https://ceremjm.wordpress.com/2011/11/02/seu-porco-tai/>. Acesso em: 20 dez. 2024.
SANTANA, Dominique. Alto-baixo. Vídeo disponível no site do documentário A Colônia Luxemburguesa, lançado em 2022. Disponível em: <https://colonia.lu/pt-br/alto-baixo-1>. Acesso em: 20 dez. 2024.
SANTANA, Dominique. Repressão. Vídeo disponível no site do documentário A Colônia Luxemburguesa, lançado em 2022. Disponível em: <https://colonia.lu/pt-br/repressao-9>. Acesso em: 20 dez. 2024.
TELES, Edson; OSMO, Carla; CALAZANS, Marília Oliveira (orgs.). Informe público 1: A responsabilidade de empresas por violação de direitos durante a ditadura. São Paulo: CAAF/Unifesp, 2023. Disponível em:https://www.unifesp.br/reitoria/caaf/images/CAAF/Empresas_e_Ditadura/InformePublico.pdf. Acesso em: 23 set. 2024.
TELES, Edson; OSMO, Carla; CALAZANS, Marília Oliveira (orgs.). Informe público 2: A responsabilidade de empresas por violação de direitos durante a ditadura. São Paulo: CAAF/Unifesp, 2024. Disponível em:https://www.unifesp.br/reitoria/caaf/images/novo_site/relat%C3%B3rios/Informe_Publico_2_EMPRESAS_E_DITADURA.pdf. Acesso em: 23 set. 2024.
1 Bolsistas nos projetos “A atuação da Mannesmann e da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira em apoio ao regime militar (1964-1985)” (FAPEMIG) e “A responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a Ditadura” (CAAF/UNIFESP), sob orientação das pesquisadoras Tayara Talita Lemos (UFJF) e Marina Mesquita Camisasca (PUC-Minas).
Créditos da imagem de capa: Antônio Germano da Silva
Chão de Escola
Nos últimos anos, novos estudos acadêmicos têm ampliado significativamente o escopo e interesses da História Social do Trabalho. De um lado, temas clássicos desse campo de estudos como sindicatos, greves e a relação dos trabalhadores com a política e o Estado ganharam novos olhares e perspectivas. De outro, os novos estudos alargaram as temáticas, a cronologia e a geografia da história do trabalho, incorporando questões de gênero, raça, trabalho não remunerado, trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias e até mesmo desempregados no centro da análise e discussão sobre a trajetória dos mundos do trabalho no Brasil.
Esses avanços de pesquisa, no entanto, raramente têm sido incorporados aos livros didáticos e à rotina das professoras e professores em sala de aula. A proposta da seção Chão de Escola é justamente aproximar as pesquisas acadêmicas do campo da história social do trabalho com as práticas e discussões do ensino de História. A cada nova edição, publicaremos uma proposta de atividade didática tendo como eixo norteador algum tema relacionado às novas pesquisas da História Social do Trabalho para ser desenvolvida com estudantes da educação básica. Junto a cada atividade, indicaremos textos, vídeos, imagens e links que aprofundem o tema e auxiliem ao docente a programar a sua aula. Além disso, a seção trará divulgação de artigos, entrevistas, teses e outros materiais que dialoguem com o ensino de história e mundos do trabalho.
A seção Chão de Escola é coordenada por Claudiane Torres da Silva, Luciana Pucu Wollmann do Amaral e Samuel Oliveira.