LABUTA – Mundos do Trabalho e Independência #07 – com Ynaê Lopes dos Santos

A Série “Mundos do Trabalho e Independência” é uma parceria entre o LEHMT/UFRJ, o LEDDES/UERJ e o Laboratório de Conexões Atlânticas/PUC-Rio. Nos sete episódios da série, historiadoras e historiadores apresentam pesquisas que destacam a diversidade de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras na história da fundação do Estado nacional brasileiro.

No último episódio, a professora Ynaê Santos demonstra os ecos atlânticos do Haiti no efervescente contexto da época encerrando essa série que se dispôs a refletir sobre o bicentenário da independência em uma chave original que põe em evidência avanços fundamentais da pesquisa historiográfica recente.

Direção e Roteiro: Felipe A. Souza e Renata Moraes. Gravação e produção:
Natalia Gomes e Thompson Clímaco

Ano de produção: 2022
Duração: 10’38’’

Labuta é um canal de vídeos do LEHMT sobre história, trabalho e sociedade

LEHMT

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Vale Mais #24: Precarização do trabalho e superexploração

sex set 9 , 2022
Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.  O episódio #24 do Vale Mais é sobre Precarização do trabalho e superexploração. Neste episódio conversamos com Alexsandro Magalhães Pinto que é mestre pela Universidade Federal Fluminense tendo defendido a dissertação intitulada “Precarização e Informalidade no Setor Vestuário de Nova Friburgo/RJ – As Condições de Vida e Trabalho das Costureiras no Tempo Presente (2003-2016)”, sob orientação da professora Virgínia Fontes (UFF), e desde 2021 é doutorando pela mesma instituição. Em seu trabalho de conclusão do curso de História também na UFF, Alexsandro abordou o processo de desindustrialização em Nova Friburgo focalizando os casos dos setores têxteis e de vestuário. Desenvolvendo seu interesse pelo tema, no mestrado, concentrou-se no trabalho das costureiras da cidade com ênfase em questões raciais entre 2003 e 2016. Ao recuar no tempo, o autor percebe que desde o pós-abolição, as mulheres negras já estavam presentes nas primeiras fábricas têxteis da cidade demonstrando que elas perpassaram o processo de industrialização e desindustrialização de Nova Friburgo. Alexsandro nos conta que devido a uma demissão em massa de uma grande fábrica de vestuário da cidade na década de 1990, centenas de costureiras ficaram desempregadas. Diante de tal situação, elas se organizaram em cooperativas, compraram suas próprias máquinas e passaram a trabalhar em suas residências. Nesse contexto de desindustrialização, Nova Friburgo fica conhecida como um polo de produção de moda íntima, visto que essas pequenas cooperativas passaram a se dedicar a abastecer o mercado interno. Impactado pela pandemia e a impossibilidade de pesquisar em arquivos e fazer entrevistas presenciais, o autor teve se adequar às restrições do período e optou por analisar fontes do IBGE, dados do DIEESE e utilizou entrevistas semiestruturadas por meio da plataforma Google Forms. Com as informações obtidas, Alexsandro Pinto considera que configurava-se no setor de vestuário de Nova Friburgo o que é possível chamar de superexploração do trabalho.

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