LMT Especial: Publicação do livro “Lugares de Memória dos Trabalhadores”


Para celebrar o Primeiro de Maio, o LEHMT/UFRJ tem a satisfação de anunciar a publicação do livro “Lugares de Memória dos Trabalhadores”. Publicado pela Editora Alameda em parceria com a Fundação Perseu Abramo e apoio do PPGHIS/UFRJ, a obra é organizada por Paulo Fontes, professor do Instituto de História da UFRJ, e reúne 100 artigos curtos escritos por renomados/as especialistas. As marcas das experiências dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros estão espalhadas por inúmeros lugares da cidade e do campo. Muitos desses locais não mais existem, outros estão esquecidos, pouquíssimos são celebrados. Na batalha de memórias, os mundos do trabalho e seus lugares também são negligenciados. Baseado na série de mesmo nome do portal lehmt.org, esse livro procura justamente dar visibilidade para essa geografia social, ao estimular uma reflexão sobre os espaços onde vivemos e como sua história e memória são tratadas. Os textos contam a história de lugares de atuação política e social, de lazer, de protestos, de repressão, de rituais e de criação de sociabilidades. Estátuas, praças, ruas, locais de trabalho, agências estatais, sedes de organizações, entre muitos outros. Todos eles, espaços que marcaram a história do trabalho no Brasil.
Pré-venda disponível pelo site da Editora Alameda (https://www.alamedaeditorial.com.br/) e pelo email (vendas@alamedaeditorial.com.br).
Em breve, mais detalhes sobre lançamentos presenciais do livro no Rio, em São Paulo e outras cidades.
Para acessar o índice do livro Lugares de Memória dos Trabalhadores, veja:


Lugares de Memória dos Trabalhadores

As marcas das experiências dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros estão espalhadas por inúmeros lugares da cidade e do campo. Muitos desses locais não mais existem, outros estão esquecidos, pouquíssimos são celebrados. Na batalha de memórias, os mundos do trabalho e seus lugares também são negligenciados. Nossa série Lugares de Memória dos Trabalhadores procura justamente dar visibilidade para essa “geografia social do trabalho” procurando estimular uma reflexão sobre os espaços onde vivemos e como sua história e memória são tratadas. Semanalmente, um pequeno artigo com imagens, escrito por um(a) especialista, fará uma “biografia” de espaços relevantes da história dos trabalhadores de todo o Brasil. Nossa perspectiva é ampla. São lugares de atuação política e social, de lazer, de protestos, de repressão, de rituais e de criação de sociabilidades. Estátuas, praças, ruas, cemitérios, locais de trabalho, agências estatais, sedes de organizações, entre muitos outros. Todos eles, espaços que rotineiramente ou em alguns poucos episódios marcaram a história dos trabalhadores no Brasil, em alguma região ou mesmo em uma pequena comunidade.

A seção Lugares de Memória dos Trabalhadores é coordenada por Paulo Fontes.

Os trabalhadores e o golpe – Ep. 5: Heliene Nagasava (Arquivo Nacional): O Ministério do Trabalho e o golpe militar

Nestes 60 anos do golpe de 1964, o portal do LEHMT/UFRJ convida à reflexão sobre o lugar dos mundos do trabalho neste evento decisivo para a história brasileira. Toda segunda-feira de abril, publicamos um episódio com entrevistas de historiadores/as abordando diferentes aspectos da relação entre os trabalhadores e o golpe.

No quinto e último episódio da série, Heliene Nagasava (Arquivo Nacional) fala sobre o fundamental papel do Ministério do Trabalho na conjuntura do golpe de 1964. Comenta também sobre a repressão aos trabalhadores nos primeiros instantes da ditadura, sobre as intervenções sindicais e as políticas trabalhistas do novo regime.

Trabalhadores atingidos: a colaboração empresarial com a ditadura | EP03 Josapar



A Josapar apoiou a Ditadura (1964-1985). A Josapar é uma empresa de produtos alimentícios com sede no Rio Grande do Sul. Durante a Ditadura, a Josapar começou a investir em terras em outras regiões do país, incluindo o estado do Pará, onde violentos conflitos com trabalhadores rurais ocorreram. Juntas, empresa e Ditadura, trabalharam para acentuar a concentração fundiária no país e aumentar a exploração  dos trabalhadores e trabalhadoras do campo.

Esse caso é tema do terceiro episódio da série Trabalhadores atingidos: a colaboração empresarial com a ditadura, do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ, realizada em parceria com o Centro de Memória do Sul Fluminense da UFF e com a rede de pesquisadores envolvidos no projeto “Responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a Ditadura” (projeto do CAAF/ UNIFESP com o MPF). São 4 episódios que exploram as colaborações da Petrobrás, CSN, Aracruz e Josapar, com a Ditadura.

O episódio está disponível no link abaixo e nas principais plataformas de podcast. Caso queira conhecer mais sobre as empresas que foram cúmplices da Ditadura, acesse o Informe Público da pesquisa, que além dos quatro casos acima, apresenta dados sobre a colaboração de outras empresas, a saber: Cobrasma, Docas, Fiat, Folha de São Paulo, Itaipu e Paranapanema. 

Ficha técnica:

Projeto e execução: Alejandra Estevez, Bruno Cecílio, Deivison Amaral, Larissa Farias, Thompson Climaco | Roteiro: Deivison Amaral | Revisão de Roteiro: Alejandra Esteves | Edição: Deivison Amaral | Apresentação: Larissa Farias | Entrevista com Alessandra Gasparotto: Alejandra Esteves e Deivison Amaral | Entrevista com trabalhadores atingidos: Alessandra Gasparotto

Equipe responsável pela pesquisa sobre a Josapar:

Alessandra Gasparotto | Airton dos Reis Pereira | Alex Monteiro Rodrigues |  Barbara de La Rosa Elia | Eduardo Fernandes de Araújo | Elisandra de Araújo Galvão | Fabricio Teló | Gabriel Pereira da Silva Teixeira | Gilney Amorim Viana | Graciela Bonassa Garcia |Halyme Franco Antunes | José Carlos Moreira Filho | José Ribamar Lira Oliveira | Leonilde Servolo Medeiros |  Letícia Lopes Felix | Paulo Roberto Ferreira | Regina Coelly Fernandes Saraiva | Renato Della Vechia | Ricardo José Braga Amaral de Brito | Sérgio Sauer | Venize Nazaré Ramos Rodrigues

Crédito da música: Hidden by Piotr Hummel. Free Music Archive and license CC BY-ND.

Contribuição Especial #33: O 25 de Abril de 1974, uma revolução com cravos vermelhos – Elísio Estanque



Se me perguntarem se o 25 de Abril de 1974 foi um golpe de estado ou uma revolução, respondo: depende, se você considera apenas a data, foi um golpe militar que destituiu o governo e pôs fim ao regime do Estado Novo de António Salazar e Marcelo Caetano; se você pretende entender as mudanças socioeconômicas mais profundas que ele desencadeou, considero que foi uma Revolução, política, social e cultural.

Portugal viveu durante 48 anos (1926-1974) sob um regime autoritário, imperial, conservador e repressivo, desde os anos 1960 com larga parte do orçamento do Estado (acima dos 20%) a ser gasto em despesas militares numa guerra colonial que, nas suas várias frentes (Angola, Moçambique e Guiné-Bissau) tirou a vida a cerca de 10.000 soldados portugueses e onde, no conjunto morreram mais de 48.000 vítimas, incluindo civis. O país apresentava no início da década de 1970 elevadíssimos índices de pobreza (30%) e analfabetismo (25,7%), percentuais que eram variáveis em função da dimensão do agregado familiar, do gênero e da região geográfica (litoral ou interior).

Por um lado, para fugir da miséria, por outro para fugir das guerras em África, largos milhares de portugueses emigraram na década anterior, em especial para países europeus (França, Luxemburgo, Suíça, Alemanha, etc.). O Movimento das Forças Armadas (MFA) programou e organizou o golpe, visando essencialmente pôr fim a uma guerra colonial que todo o mundo já tinha percebido que não teria solução militar, pelo que era necessário negociar a independência com os movimentos da guerrilha (MPLA, Frelimo, PAIGC). O então comandante militar da Guiné, general António de Spínola – que viria a ser o 1º Presidente da República após a revolução – havia publicado no início de 1974 o seu livro «Portugal e o Futuro» que apontava para uma solução negociada, e terá inspirado o movimento, mas sabe-se que um ano antes terá permitido o assassinato de Amílcar Cabral, líder do PAIGC (cometido à traição por ex-camaradas seus, no dia 20 de janeiro de1973). Os mentores do MFA foram sobretudo capitães milicianos, ainda jovens, que protagonizaram as ações militares do dia 25 de abril de1974, muitos deles tinham sido ativistas estudantis na universidade, expulsos pelo regime na sequência de protestos, em especial após a “crise acadêmica” de 1969, em Coimbra. A contestação dos estudantes, exigindo liberdade de ensino, democracia na universidade e o fim da guerra colonial deu lugar a uma greve aos exames que suscitou uma violenta resposta policial, com repressão, prisão e mobilização militar compulsiva dos principais ativistas. A ditadura, além de autoritária e violenta, era estúpida, pois ao disseminar pelos quartéis os líderes rebeldes da Universidade, permitiu contaminar muitos outros oficiais com o vírus da democracia.

25 de abril de 1974 nas ruas de Lisboa. Fto Iamago/Zuma/Keystone

O conhecido lema segundo o qual as revoluções começam num beco sem saída, aplica-se ao caso português. O regime anacrônico, a guerra, a crise estavam num beco sem saída em 1974. Naquela madrugada, com início às 0:00 horas exatas, passou na rádio a primeira “senha” combinada pelos líderes do MFA, a canção “Grândola, Vila Morena”, cantada por Zeca Afonso, mensagem que sinalizou o arranque das operações militares, conforme combinado; e três horas mais tarde uma outra canção popular, «E Depois do Adeus» na voz de Paulo de Carvalho,  seria o segundo sinal a confirmar o sucesso das operações com as colunas militares de várias origens a caminho de Lisboa para o assalto final ao Estado Novo. O comando operacional mais geral foi coordenado por Otelo Saraiva de Carvalho enquanto a unidade militar dirigida a neutralizar as forças do governo (a GNR), partiu da cidade de Santarém e foi comandada pelo capitão Salgueiro Maia (considerado o herói da Revolução, mas que sempre recusou protagonismo mediático) até ao Terreiro do Paço onde se encontrou e conseguiu que se rendessem as últimas forças do regime. Ao mesmo tempo, a escassas centenas de metros, ocorria o cerco ao Quartel do Carmo junto ao Bairro Alto (centro de Lisboa) onde se haviam refugiado o presidente e o Primeiro Ministro do governo deposto, que saíram sob proteção após a rendição.

A verdadeira revolução começou exatamente nessa manhã, quando as vendedoras de flores nas ruas da baixa começaram a oferecer cravos aos militares, já em celebração em cima dos carros de combate. Com as flores vermelhas a ornamentar aquele arsenal, crianças e jovens desobedeceram às regras e começaram a saltar para cima dos chaimites (carros de combate) ocupando toda a cobertura e desencadeando um entusiasmo contagiante que arrebatou toda a sociedade, num clamor de liberdade, de norte a sul do país. O momento apoteótico de celebração da liberdade ocorreu uma semana mais tarde, no dia 1º de Maio de 1974, uma data simbólica até então demonizada e cuja celebração era violentamente reprimida.

Recuando na história, vale lembrar que importantes lutas, ações grevistas e diversas formas de resistência ocorreram ao longo de todo o período do Estado Novo, a primeira delas foi a Greve Geral dinamizada pelos operários vidreiros da Marinha Grande, de 1934, envolvendo diversos tipos de ações incluindo uma tentativa (falhada) de assassinato de Salazar. Mas também durante o período da II Guerra Mundial onde ocorreu um significativo ciclo grevista, principalmente na região centro do país (indústrias têxteis, lanifícios e também do calçado). Já na fase crespuscular do velho regime diversas greves, desde o setor bancário às lutas sindicais na região industrial de Lisboa e Setúbal, deixavam antever o potencial do movimento operário. Na indústria naval (estaleiros da Lisnave e Setenave) diversas ações e paralisações vinham ocorrendo desde o ano anterior, embora com resultados insignificantes.

No próprio dia do golpe militar os trabalhadores da Lisnave viveram intensamente os acontecimentos através da rádio, como de resto aconteceu no país inteiro (nas fábricas, nos campos e nos quartéis), e dois dias depois enviaram até uma nota de saudação à Junta de Salvação Nacional e ao MFA. A partir do momento em que os acontecimentos de 25 de abril iam sendo divulgados pela TV, rádios e jornais, quando se percebeu que havia sido derrubada a ditadura, explodiu nas ruas e praças um clima de excitação febril, e de imediato as figuras conotadas com o salazarismo (patrões, dirigentes, polícia política, a célebre PIDE, etc.) tornaram-se alvos da fúria popular. Muitos foram obrigados a fugir, outros foram presos e entregues ao MFA. Logo no calor dos acontecimentos as assembleias de trabalhadores multiplicaram-se em diversos setores e as associações sindicais transcenderam as reivindicações materiais para priorizar objetivos organizativos, tornando-se alvo de disputas partidárias. Reuniões amplas e altamente participadas trataram de extinguir estruturas corporativas ligadas ao passado, abrindo espaço a um sindicalismo agora livre e que naquela conjuntura, apesar do esforço organizativo, foi levado por arrasto no caudal das dinâmicas de base, paralisações, protestos espontâneos, manifestações de rua e, pouco depois, ocupação de fábricas. A linguagem de classe revestiu-se rapidamente das cores marxistas e a politização começou a generalizar-se. Primeiro, o combate aos símbolos do fascismo foi o principal motivo das mobilizações populares que se seguiram ao 25 de Abril, conseguindo barrar as várias tentativas de retrocesso (como o golpe falhado de 28 de setembro de 1974) criando uma dinâmica popular que suplantou as próprias organizações partidárias, inclusive as mais enraizadas no mundo operário, como o Partido Comunista Português. O chamado PREC – Processo Revolucionário Em Curso, que se seguiu ao 11 de março de 1975 (mais um golpe neutralizado que abriu caminho às nacionalizações) com os governos provisórios, de hegemonia comunista (liderados pelo general Vasco Gonçalves) foi o climax dessa efervescência político-ideológica, cavando profundas divisões quer no seio do MFA, quer no conjunto do país. Esse processo culminou com uma outra data marcante, o 25 de Novembro de 1975, ainda hoje foco de inúmeras polêmicas. Para uns, foi a viragem que recolocou o país na senda da democracia, barrando o projeto comunista pró-soviético; para outros, os setores mais engajados na militância de esquerda, foi o fim da Revolução. Mas o espírito de Abril permanece, 50 anos depois. Viva a Revolução dos Cravos!!

Primeiro de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história de Portugal. Acervo Jornal de Notícias


PARA SABER MAIS:

Léonard, Yves. Breve História do 25 de Abril. Lisboa: Ed. 70, 2024;

Pimentel, Irene Flunser. Do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975. Lisboa: Temas&Debates, 2024.

Rosas, Fernando. Ensaios de Abril. Lisboa: Tinta da China, 2023.

Vários Autores. 25 de Abril, roteiro da revolução. Lisboa: Parsifal, 2017.


Crédito da imagem de capa: Povo comemora com soldados nas ruas de Lisboa a queda da ditadura no dia 25 de abril. Nas mãos, os cravos que simbolizariam a Revolução. Acervo El País.

Livros de Classe #40: Que a União Operária Seja Nossa Pátria!, de Silvia Petersen, por Isabel Bilhão

Neste episódio de Livros de Classe, Isabel Bilhão, professora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), apresenta o livro “Que a União Operária Seja Nossa Pátria! História das lutas dos operários gaúchos para construir suas organizações”, de Silvia Petersen. Publicada em 2001, a obra logo se tornou uma referência na bibliografia sobre o movimento operário na Primeira República ao analisar a organização dos trabalhadores gaúchos entre o final do século XIX e a década de 1920, destacando a importância das associações beneficentes e a influência anarquista e socialista.

Livros de Classe

Os estudantes de graduação são desafiados constantemente a elaborar uma percepção analítica sobre os diversos campos da história. Nossa série Livros de Classe procura refletir justamente sobre esse processo de formação, trazendo obras que são emblemáticas para professores/as, pesquisadores/as e atores sociais ligados à história do trabalho. Em cada episódio, um/a especialista apresenta um livro de impacto em sua trajetória, assim como a importância da obra para a história social do trabalho. Em um formato dinâmico, com vídeos de curta duração, procuramos conectar estudantes a pessoas que hoje são referências nos mais diversos temas, períodos e locais nos mundos do trabalho, construindo, junto com os convidados, um mosaico de clássicos do campo.

A seção Livros de Classe é coordenada por Ana Clara Tavares e Paulo Fontes.

EDITAL DE SELEÇÃO DE BOLSISTA DE PÓS-DOUTORADO


O projeto “Desindustrialização e história social: a construção de um campo de pesquisa (Brasil e Alemanha)”, do Programa PROBRAL da CAPES/DAAD abre processo seletivo para a concessão de uma bolsa de pós-doutorado para estágio de pesquisa na Universidade do Ruhr- Bochum, Alemanha. Os/as candidatos/as deverão ter obtido o título de doutor/a há menos de 8 (oito) anos. As inscrições para seleção deverão ser feitas até o dia 10 de maio.

Os trabalhadores e o golpe – Ep. 4: Larissa Corrêa (PUC-Rio): O sindicalismo estadunidense e o golpe no Brasil


Nestes 60 anos do golpe de 1964, o portal do LEHMT/UFRJ convida à reflexão sobre o lugar dos mundos do trabalho neste evento decisivo para a história brasileira. Toda segunda-feira de abril, publicamos um episódio com entrevistas de historiadores/as abordando diferentes aspectos da relação entre os trabalhadores e o golpe.

No quarto episódio da série especial “Os trabalhadores e o golpe”, Larissa Corrêa (PUC-Rio) fala sobre o importante papel do sindicalismo estadunidense na conjuntura do golpe de 1964. Analisa também as relações entre Brasil e Estados Unidos no contexto da política que ficou conhecida como Aliança para o Progresso. Por fim, faz um balanço do lugar dos trabalhadores/as e suas organizações na historiografia sobre a ditadura militar.

Trabalhadores atingidos: a colaboração empresarial com a ditadura | EP02 Aracruz



A Aracruz apoiou a Ditadura (1964-1985). Durante o regime autoritário, a empresa expandiu seus negócios com incentivos e benefícios do governo. Instalada no Espírito Santo, atingiu mortalmente terras indígenas e quilombolas. Indígenas foram deslocados forçadamente dos territórios em que a empresa atuaria. Terras quilombolas foram invadidas e seus remanescentes expulsos. Posteriormente, os que ficaram foram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão.
Esse caso é tema do segundo episódio da série Trabalhadores atingidos: a colaboração empresarial com a ditadura, do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ, realizada em parceria com o Centro de Memória do Sul Fluminense da UFF e com a rede de pesquisadores envolvidos no projeto “Responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a Ditadura” (projeto do CAAF/ UNIFESP com o MPF). São 4 episódios que exploram as colaborações da Petrobrás, CSN, Aracruz e Josapar, com a Ditadura.
O episódio está disponível no link abaixo e nas principais plataformas de podcast. Caso queira conhecer mais sobre as empresas que foram cúmplices da Ditadura, acesso o Informe Público da pesquisa, que além dos quatro casos acima, apresenta dados sobre a colaboração de outras empresas, a saber: Cobrasma, Docas, Fiat, Folha de São Paulo, Itaipu e Paranapanema. 

Ficha técnica:

Projeto e execução: Alejandra Estevez, Bruno Cecílio, Deivison Amaral, Larissa Farias, Thompson Climaco | Roteiro: Deivison Amaral | Revisão de Roteiro: Alejandra Esteves | Edição: Deivison Amaral e Thompson Climaco | Apresentação: Larissa Farias | Entrevista com Joana D’Arc Ferraz: Alejandra Esteves, Deivison Amaral e Larissa Farias | Entrevista com trabalhadores atingidos: Joana D’Arc Ferraz

Equipe responsável pela pesquisa sobre a Aracruz:

Joana D’Arc Fernandes Ferraz |Ana Cláudia Bessa |Bárbara Goulart | Caio Mattos Santos | Cintia Christiele Braga Dantas| Flávia Mendes Ferreira | Geraldiny Malaguti | João Pedro Cavalcanti | Livia dos Santos Chagas | Maíne Santos Souza da Silva | Maynõ Guarani |  Maíne Cunha da Silva | Rosane Arena Muniz

Os trabalhadores e o golpe – Ep. 03: Leonilde Medeiros (UFRRJ): Os camponeses e a Reforma Agrária “na lei ou na marra”

LEHMT/UFRJ apresenta Os trabalhadores e o golpe – Ep. 03: Leonilde Medeiros (UFRRJ): Os camponeses e a Reforma Agrária “na lei ou na marra”.

Nestes 60 anos do golpe de 1964, o portal do LEHMT/UFRJ convida à reflexão sobre o lugar dos mundos do trabalho neste evento decisivo para a história brasileira. Toda segunda-feira de abril, publicamos um episódio com entrevistas de historiadores/as abordando diferentes aspectos da relação entre os trabalhadores e o golpe.

Nesse terceiro episódio, Leonilde Medeiros (UFRRJ) fala sobre as impressionantes lutas e mobilizações dos trabalhadores rurais no final dos anos 1950 e início dos 60, analisando como a demanda por Reforma Agrária tornou-se uma questão central na disputa política durante o governo de João Goulart. Leonilde comenta ainda sobre o papel das Ligas Camponesas e dos sindicatos rurais naquela conturbada conjuntura.

Continuem nos acompanhando para os próximos episódios! Todas as segundas-feiras de abril um novo episódio no “Labuta”, canal do LEHMT/UFRJ no YouTube.

Trabalhadores atingidos: a colaboração empresarial com a ditadura | EP01 Petrobrás



A Petrobrás apoiou a Ditadura (1964-1985). A empresa agiu em cumplicidade com o regime autoritário e atuou como braço repressor sobre os trabalhadores. Já no primeiro dia da Ditadura, em 1º de abril de 1964, houve a detenção de um grupo expressivo de trabalhadores da empresa. Muitas prisões aconteceram nos locais de trabalho, que tiveram seus alojamentos transformados em centros de detenção e tortura.


Esse caso é tema do primeiro episódio da série Trabalhadores atingidos: a colaboração empresarial com a ditadura, do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ, realizada em parceria com o Centro de Memória do Sul Fluminense da UFF e com a rede de pesquisadores envolvidos no projeto “Responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a Ditadura” (projeto do CAAF/ UNIFESP com o MPF). São 4 episódios que exploram as colaborações da Petrobrás, CSN, Aracruz e Josapar, com a Ditadura.


O episódio está disponível no link abaixo e nas principais plataformas de podcast. Caso queira conhecer mais sobre as empresas que foram cúmplices da Ditadura, acesse pelo link abaixo o Informe Público da pesquisa, que além dos quatro casos acima, apresenta dados sobre a colaboração de outras empresas, a saber: Cobrasma, Docas, Fiat, Folha de São Paulo, Itaipu e Paranapanema. 

Ficha técnica:

Projeto e execução: Alejandra Estevez, Bruno Cecílio, Deivison Amaral, Larissa Farias, Thompson Climaco | Roteiro: Deivison Amaral | Revisão de Roteiro: Alejandra Esteves | Edição: Deivison Amaral e Thompson Climaco | Apresentação: Larissa Farias | Entrevista com Luci Praun: Alejandra Esteves, Deivison Amaral e Larissa Farias | Entrevista com trabalhadores atingidos: Luci Praun.

Equipe responsável pela pesquisa sobre a Petrobras:

Luci Praun (Ufac, pesquisadora responsável) | Alex de Souza Ivo (Ifba) | Carlos E. S. de Freitas (Ufba – Uneb) | Claudia Lima da Costa (Jornalista) | Júlio Cesar P. de Carvalho (UFF) | Márcia Costa Misi (UEFS) | Ana Letícia de Fiori (Ufac) | Marcos de Almeida Matos (Ufac) | Vitor Góis (Pesquisador Unir)

Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo Vale Mais

Está no ar o primeiro episódio da nova temporada do podcast Vale Mais, do LEHMT-UFRJ! Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos de história pública, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. No episódio de estreia, conversamos com Bruna Portella e Felipe Azevedo, professores da PUC-Rio e coordenadores do projeto "O Poder e a Escravidão". A iniciativa investiga o papel do Poder Legislativo na sustentação da escravidão no Brasil, propondo uma reflexão crítica sobre a memória oficial e as estruturas de poder que perpetuaram esse sistema — com base na criação de um banco de dados inédito e uma plataforma de divulgação científica. Ouça, compartilhe e acompanhe os próximos episódios! Entrevistadores: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Josemberg Araújo, Larissa Farias e Thompson Clímaco Roteiro: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Larissa Farias e Thompson Clímaco Produção: Ana Clara Tavares e Larissa Farias Edição: Josemberg Araújo e Thompson Clímaco Diretor da série: Thompson Clímaco Coordenadora geral do Vale Mais: Larissa Farias O Poder e a Escravidão: https://www.opodereaescravidao.com/
  1. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  2. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus
  3. Vale a Dica #13: 2 de Julho: a Retomada, de Spency Pimentel e Joana Moncau
  4. Vale a Dica #12: SAL, idealizado e dirigido por Adassa Martins
  5. Vale a Dica #11: O futuro das profissões, de curadoria de André Couto, Maria Carla Corrochano e Paulo Fontes