Nestes 60 anos do golpe de 1964, o portal do LEHMT/UFRJ convida à reflexão sobre o lugar dos mundos do trabalho neste evento decisivo para a história brasileira. Toda segunda-feira de abril, publicamos um episódio com entrevistas de historiadores/as abordando diferentes aspectos da relação entre os trabalhadores e o golpe. […]
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A tradição da temática do trabalho na historiografia não impediu que apenas após 18 anos da sua primeira edição, a Revista Cantareira trouxesse entre suas publicações o seu primeiro dossiê inteiramente dedicado ao tema da História do Trabalho. Esta ausência se torna ainda mais surpreendente quando nos deparamos com a […]
O golpe de 1964 marcou o início de uma nova política para a classe trabalhadora. A ditadura não queria acabar com os sindicatos, mas transformá-los em parceiros do Ministério do Trabalho na aplicação das políticas trabalhistas. A falta de liberdade de organização estava na ordem do dia. Os sindicatos sofreram […]
O Ministério do Trabalho foi instituído em novembro de 1930, cerca de um mês depois da chegada de Getúlio Vargas ao poder. Sua criação atendia às crescentes demandas por uma maior atuação do Estado na regulação das relações do trabalho e na organização do mundo sindical. A “questão social”, como […]
Depois do golpe de 1964, o primeiro Ministro do Trabalho, Arnaldo Sussekind, iniciou uma forte ação repressiva contra os sindicatos. Sussekind tinha uma longa trajetória dentro do Ministério, tendo participado da criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Sua chegada ao poder significou que uma nova política trabalhista estava […]
Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.
O episódio #25 do Vale Mais é sobre Trabalhadores de aplicativo.
No episódio 25 do Vale Mais conversamos com o mestre em Direito pela UFRJ, Lucas Beraldo de Oliveira, que defendeu sua dissertação de mestrado, em 2021, intitulada “Germinando: superstições, ardis e estratégias de resistência na construção da identidade coletiva dos entregadores de plataformas digitais”.
Lucas analisou como os trabalhadores de entrega de mercadoria por plataformas digitais enxergam sua atividade profissional dentro das relações de produção capitalistas na economia de plataformas e sua forma precária de contratação, a uberização.
Com o olhar voltado para a luta por direitos, o autor busca na História Social do Trabalho as bases para discutir como os empregados tentaram, em outros períodos, manipular, adulterar e esconder as informações que geram a composição salarial e mostra como a pressão dos trabalhadores impulsionaram a criação de novos aparatos jurídicos.
Inspirado pela literatura, Lucas questiona o uso das novas tecnologias nas relações de trabalho e problematiza o espaço da agência do trabalhador diante de teorias que limitam a existência dentro do grande sistema de controle vivido na contemporaneidade.
No nosso bate papo, o autor ainda fala dos problemas de realizar a pesquisa no meio da pandemia do COVID-19 e as trocas de rumos e fontes como forma de contornar as dificuldades de pesquisa.
Produção: Alexandra Veras, Heliene Nagasava, Larissa Farias e Yasmin Getirana
Roteiro: Alexandra Veras, Heliene Nagasava, Larissa Farias e Yasmin Getirana
Apresentação: Larissa Farias
Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.
O episódio #22 do Vale Mais é sobre As mulheres no Partido Comunista.
O Vale Mais conversa no seu episódio 22 com Paula Elise Soares, que defendeu sua tese em 2021, intitulada “A questão feminina no PCB (1925-1956): as mulheres na cultura política comunista” na Universidade Federal de Minas Gerais, sob orientação do professor Rodrigo Patto Sá Motta.
Paula discute a questão feminina e a organização do trabalho político entre mulheres dentro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) entre os anos 1925 e 1956, e mostra como as mulheres trabalhadoras, filiadas ou não, construíram suas pautas e se articularam para conquistar o espaço dentro das políticas partidárias. Além disso, as mulheres militantes assumiram papéis de liderança em comitês e periódicos, evidenciando como a sua articulação influenciou os direcionamentos do PCB.
A autora conta no nosso bate papo como uma crítica durante a submissão de um artigo mudou os objetivos de pesquisa e a fez rediscutir suas fontes documentais. Paula também aborda a historiografia sobre o Partido Comunista e os estudos de gênero.
Produção: Heliene Nagasava e Larissa Farias
Roteiro: Heliene Nagasava e Larissa Farias
Apresentação: Larissa Farias
Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.
O episódio #20 do Vale Mais é sobre Maxixe e os Mundos do Trabalho.
Neste episódio conversamos com a historiadora Juliana da Conceição Pereira que defendeu recentemente a sua tese de doutoramento intitulada “Da Cidade Nova aos palcos: uma história social do maxixe (1870 – 1930)” pela Universidade Federal Fluminense (UFF), vencedora do Prêmio Afonso Carlos Marques dos Santos do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, sob a orientação da professora Martha Abreu (UFF) e coorientação do professor Matthias Rohrig Assunção (Universidade de Essex, Inglaterra).
Interessada em clubes recreativos e dançantes organizados pelos trabalhadores desde a graduação (PUC-Rio) e o mestrado (UFF), Juliana defendeu em 2021 a tese na qual analisa o processo histórico em que gêneros populares, surgidos da cultura negra, foram alçados a símbolos da cultura nacional. Sua pesquisa se concentrou nos movimentos de transformação do maxixe para além de um ritmo musical, sendo analisado como um campo de disputas e negociações diversas no Rio de Janeiro entre 1870 e 1930.
Ao tratar de sua prática como historiadora, a entrevistada nos conta que seu interesse na temática do associativismo recreativo nasceu com seu ingresso como bolsista de iniciação científica durante a graduação na PUC-Rio, mas seu olhar a direcionou a focalizar questões de gênero dentro do tema e foi a partir dessa perspectiva que ela iniciou suas pesquisas. Além disso, na parte final da entrevista, Juliana chama atenção para a importância de se pensar os mundos do trabalho de forma racializada destacando o quanto uma abordagem interseccional possibilita refletir sobre como as várias opressões impactaram as pessoas e como elas agiram frente a isso reivindicando o direito ao trabalho, ao lazer e à cidade.
Produção: Isabelle Pires, Heliene Nagasava e Larissa Farias
Roteiro: Isabelle Pires, Heliene Nagasava e Larissa Farias
Apresentação: Larissa Farias
Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.
O episódio #19 do Vale Mais é sobre os trabalhadores e a Justiça do Trabalho.
Neste décimo nono episódio do Vale Mais, conversamos com a historiadora Alessandra Belo Assis Silva que defendeu recentemente a sua tese de doutoramento pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tendo feito um período “sanduíche” na Emory University em Atlanta-EUA. Pesquisando a Justiça do Trabalho e os Trabalhadores desde a graduação e mestrado na UFJF, Alessandra defendeu em 2020 a tese “Os trabalhadores e o Tribunal Superior do Trabalho (1946-1953)”, sob orientação de Fernando Teixeira da Silva. Alessandra analisou as demandas individuais e coletivas de trabalhadores e sindicatos que chegavam ao TST num período em que essa justiça estava no início de seu desenvolvimento e que, em certa medida, buscava legitimidade para funcionar. Na parte final da entrevista, frente a precarização do trabalho que ocorre hoje no Brasil, a nossa entrevistada mostra caminhos que vem construindo, junto a seus alunos da educação básica no município de Praia Grande, com vistas a aproximar o conhecimento produzido dentro da Academia aos espaços da sala de aula.
Produção: Alexandra Veras, Heliene Nagasava, João Christovão e Larissa Farias
Roteiro: Alexandra Veras, Heliene Nagasava, Veras, João Christovão e Larissa Farias
Apresentação: Larissa Farias
Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.
O episódio #17 do Vale Mais é sobre “Novo trabalhismo”.
Neste nono episódio da segunda temporada do Vale Mais, conversamos com Heliene Nagasava. Heliene é servidora do Arquivo Nacional, pesquisadora do LEHMT/UFRJ e doutora em História, Política e Bens Culturais (2021), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), sob a orientação de Paulo Fontes. Ela defendeu recentemente a tese “O Ministério do Trabalho e as políticas públicas na ditadura militar: sindicatos, assistencialismo e repressão (1964-1974)” e, seguindo a série de conversas do Vale Mais com jovens doutores/as no campo da História Social do Trabalho, abordou sobre as implicações do Golpe de 1964 no Ministério do Trabalho, bem com as políticas públicas desenvolvidas pela pasta durante os primeiros dez anos da ditadura militar. Heliene Nagasava discute sobre a noção de “novo trabalhismo”, originalmente concebida pelo então Ministro do Planejamento Roberto Campos, revelando tensões interministeriais no governo, combinadas à repressão aos trabalhadores, aos processos de intervenção sindical e ao reforço de projetos assistencialistas, que buscavam esvaziar debates políticos nos sindicatos.
Produção: Felipe Ribeiro, Flávia Veras, João Christovão e Larissa Farias
Roteiro: Felipe Ribeiro, Flávia Veras, João Christovão e Larissa Farias
Apresentação: Larissa Farias