Vozes Comunistas #09: Júlia Santiago



Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.

“Vozes comunistas” é uma série especial do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ. Nessa série homenageamos o centenário do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e divulgamos áudios que permitem uma reflexão sobre as fortes e complexas relações entre o partido e os mundos do trabalho ao longo da história do país. A cada quinze dias, um trecho de uma entrevista de antigos sindicalistas, lideranças operárias e camponesas ou mesmo trabalhadores/as de base conta um pouco da história do PCB e sua importância para a história do trabalho no Brasil. Pesquisamos áudios em acervos públicos e particulares de todo o país, que serão apresentados por pesquisadores e historiadores especialistas na trajetória do partido. Em nosso nono episódio, apresentamos trechos de uma entrevista com a operária tecelã pernambucana Julia Santiago. Militante comunista, Julia foi uma importante liderança sindical e, em 1947 foi a primeira mulher a ser eleita vereadora na história do Recife. Essa voz comunista será apresentada pelo antropólogo José Sérgio Leite Lopes (Museu Nacional/UFRJ).

Projeto e execução: Ana Clara Tavares, Felipe Ribeiro, Larissa Farias e Paulo Fontes
Apoio: Centro de Documentação e Imagem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Agradecemos às instituições e pesquisadores que gentilmente colaboraram com nosso projeto

Referência da entrevista: Entrevista Júlia Santiagi. 1983. Entrevistador: José Sérgio Leite Lopes. Arquivo pessoal de José Sérgio Leite Lopes.

Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz Vale Mais

Está no ar o quarto episódio da nova temporada do podcast Vale Mais, do LEHMT-UFRJ! Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. Neste quarto episódio, conversamos com Itan Cruz, doutor em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), sobre sua tese Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1889). Ao longo da conversa, Itan mostra como investigou de que maneira políticos baianos, como Saraiva, Dantas e Cotegipe, influenciaram os últimos anos do cativeiro no Brasil. Entre jogos de poder, alianças improváveis e disputas internas, revelamos como o baianismo atravessou gabinetes, salões, senzalas e até as relações íntimas do Império. Para saber mais, ouça o episódio. E não deixe de acompanhar a nova temporada do Vale Mais! Entrevistadores: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Josemberg Araújo, Larissa Farias e Thompson Clímaco Roteiro: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Larissa Farias e Thompson Clímaco Produção: Ana Clara Tavares e Larissa Farias Edição: Josemberg Araújo e Thompson Clímaco Diretor da série: Thompson Clímaco Coordenadora geral do Vale Mais: Larissa Farias
  1. Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz
  2. Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima
  3. Vale Mais #29: The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil, por Alexandre Fortes
  4. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  5. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus

Livros de Classe #20: Coroas de glória, lágrimas de sangue, de Emília Viotti da Costa, por Rafael Marquese

Neste episódio, Rafael Marquese, professor da USP (Universidade de São Paulo), apresenta o livro “Coroas de glória, lágrimas de sangue: a rebelião dos escravos de Demerara em 1823”, da historiadora Emília Viotti da Costa. A obra, publicada originalmente em 1994 e traduzida para o português em 1998, discute a rebelião escrava de 1823 em Demerara, parte da Guiana Inglesa, uma das maiores revoltas ocorridas nas Américas. O livro é considerado por muitos a obra-prima da famosa historiadora brasileira, com sua  ênfase na agência e ação dos escravos, além de destaque para temas como cultura, família, religião, resistência e direitos.

Livros de Classe

Os estudantes de graduação são desafiados constantemente a elaborar uma percepção analítica sobre os diversos campos da história. Nossa série Livros de Classe procura refletir justamente sobre esse processo de formação, trazendo obras que são emblemáticas para professores/as, pesquisadores/as e atores sociais ligados à história do trabalho. Em cada episódio, um/a especialista apresenta um livro de impacto em sua trajetória, assim como a importância da obra para a história social do trabalho. Em um formato dinâmico, com vídeos de curtíssima duração, procuramos conectar estudantes a pessoas que hoje são referências nos mais diversos temas, períodos e locais nos mundos do trabalho, construindo, junto com os convidados, um mosaico de clássicos do campo.

A seção Livros de Classe é coordenada por Ana Clara Tavares.

Vozes Comunistas #08: Adelço de Almeida



Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.

“Vozes comunistas” é uma série especial do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ. Nessa série homenageamos o centenário do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e divulgamos áudios que permitem uma reflexão sobre as fortes e complexas relações entre o partido e os mundos do trabalho ao longo da história do país. A cada quinze dias, um trecho de uma entrevista de antigos sindicalistas, lideranças operárias e camponesas ou mesmo trabalhadores/as de base conta um pouco da história do PCB e sua importância para a história do trabalho no Brasil. Pesquisamos áudios em acervos públicos e particulares de todo o país, que serão apresentados por pesquisadores e historiadores especialistas na trajetória do partido. Em nosso oitavo episódio, apresentamos trechos de uma entrevista com o militante comunista, Adelço de Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Química de São Paulo entre 1957 e 64. No trecho que ouviremos, Adelço fala sobre a greve na grande fábrica Nitro Química em 1957 que durante uma semana transformou o bairro de São Miguel Paulista em um verdadeiro campo de batalha. Adelço explica o processo de mobilização dos trabalhadores, em sua maioria migrantes nordestinos, as negociações com os dirigentes da empresa e com as autoridades públicas, e analisa como, mesmo com a intensa repressão, a greve representou uma grande vitória para o movimento sindical naquela conjuntura.

Projeto e execução: Ana Clara Tavares, Felipe Ribeiro, Larissa Farias e Paulo Fontes
Apoio: Centro de Documentação e Imagem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Agradecemos às instituições e pesquisadores que gentilmente colaboraram com nosso projeto

Referência da entrevista: Entrevista Adelço de Almeida. 1994. Entrevistadores: Hélio da Costa e Paulo Fontes. Centro de Documentação e Imagem (CEDIM) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Biblioteca Municipal Raimundo de Menezes da cidade de São Miguel.

Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz Vale Mais

Está no ar o quarto episódio da nova temporada do podcast Vale Mais, do LEHMT-UFRJ! Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. Neste quarto episódio, conversamos com Itan Cruz, doutor em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), sobre sua tese Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1889). Ao longo da conversa, Itan mostra como investigou de que maneira políticos baianos, como Saraiva, Dantas e Cotegipe, influenciaram os últimos anos do cativeiro no Brasil. Entre jogos de poder, alianças improváveis e disputas internas, revelamos como o baianismo atravessou gabinetes, salões, senzalas e até as relações íntimas do Império. Para saber mais, ouça o episódio. E não deixe de acompanhar a nova temporada do Vale Mais! Entrevistadores: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Josemberg Araújo, Larissa Farias e Thompson Clímaco Roteiro: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Larissa Farias e Thompson Clímaco Produção: Ana Clara Tavares e Larissa Farias Edição: Josemberg Araújo e Thompson Clímaco Diretor da série: Thompson Clímaco Coordenadora geral do Vale Mais: Larissa Farias
  1. Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz
  2. Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima
  3. Vale Mais #29: The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil, por Alexandre Fortes
  4. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  5. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus

Vale Mais #22: As mulheres no Partido Comunista


Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.

 O episódio #22 do Vale Mais é sobre As mulheres no Partido Comunista.

O Vale Mais conversa no seu episódio 22 com Paula Elise Soares, que defendeu sua tese em 2021, intitulada “A questão feminina no PCB (1925-1956): as mulheres na cultura política comunista” na Universidade Federal de Minas Gerais, sob orientação do professor Rodrigo Patto Sá Motta.
Paula discute a questão feminina e a organização do trabalho político entre mulheres dentro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) entre os anos 1925 e 1956, e mostra como as mulheres trabalhadoras, filiadas ou não, construíram suas pautas e se articularam para conquistar o espaço dentro das políticas partidárias. Além disso, as mulheres militantes assumiram papéis de liderança em comitês e periódicos, evidenciando como a sua articulação influenciou os direcionamentos do PCB.
A autora conta no nosso bate papo como uma crítica durante a submissão de um artigo mudou os objetivos de pesquisa e a fez rediscutir suas fontes documentais. Paula também aborda a historiografia sobre o Partido Comunista e os estudos de gênero.

Produção: Heliene Nagasava e Larissa Farias
Roteiro: Heliene Nagasava e Larissa Farias 
Apresentação: Larissa Farias 

Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz Vale Mais

Está no ar o quarto episódio da nova temporada do podcast Vale Mais, do LEHMT-UFRJ! Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. Neste quarto episódio, conversamos com Itan Cruz, doutor em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), sobre sua tese Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1889). Ao longo da conversa, Itan mostra como investigou de que maneira políticos baianos, como Saraiva, Dantas e Cotegipe, influenciaram os últimos anos do cativeiro no Brasil. Entre jogos de poder, alianças improváveis e disputas internas, revelamos como o baianismo atravessou gabinetes, salões, senzalas e até as relações íntimas do Império. Para saber mais, ouça o episódio. E não deixe de acompanhar a nova temporada do Vale Mais! Entrevistadores: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Josemberg Araújo, Larissa Farias e Thompson Clímaco Roteiro: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Larissa Farias e Thompson Clímaco Produção: Ana Clara Tavares e Larissa Farias Edição: Josemberg Araújo e Thompson Clímaco Diretor da série: Thompson Clímaco Coordenadora geral do Vale Mais: Larissa Farias
  1. Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz
  2. Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima
  3. Vale Mais #29: The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil, por Alexandre Fortes
  4. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  5. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus

Livros de Classe #19: Campos da violência, de Silvia Lara, por Crislayne Alfagali

Neste episódio de Livros de Classe, Crislayne Alfagali, professora da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), apresenta a obra “Campos da violência: escravos e senhores na Capitania do Rio de Janeiro, 1750-1808”, de Silvia Lara. A obra, publicada em 1988, apresenta, a partir de uma rica análise de fontes, as relações de luta e resistências e a violência da escravidão.

Livros de Classe

Os estudantes de graduação são desafiados constantemente a elaborar uma percepção analítica sobre os diversos campos da história. Nossa série Livros de Classe procura refletir justamente sobre esse processo de formação, trazendo obras que são emblemáticas para professores/as, pesquisadores/as e atores sociais ligados à história do trabalho. Em cada episódio, um/a especialista apresenta um livro de impacto em sua trajetória, assim como a importância da obra para a história social do trabalho. Em um formato dinâmico, com vídeos de curtíssima duração, procuramos conectar estudantes a pessoas que hoje são referências nos mais diversos temas, períodos e locais nos mundos do trabalho, construindo, junto com os convidados, um mosaico de clássicos do campo.

A seção Livros de Classe é coordenada por Ana Clara Tavares.

Vozes Comunistas #07: Dirce Machado



Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.

“Vozes comunistas” é uma série especial do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ. Nessa série homenageamos o centenário do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e divulgamos áudios que permitem uma reflexão sobre as fortes e complexas relações entre o partido e os mundos do trabalho ao longo da história do país. A cada quinze dias, um trecho de uma entrevista de antigos sindicalistas, lideranças operárias e camponesas ou mesmo trabalhadores/as de base conta um pouco da história do PCB e sua importância para a história do trabalho no Brasil. Pesquisamos áudios em acervos públicos e particulares de todo o país, que serão apresentados por pesquisadores e historiadores especialistas na trajetória do partido. Em nosso sétimo episódio, apresentamos trechos de uma entrevista com Dirce Machado. No trecho que ouviremos, Dirce fala sobre a fundamental participação das mulheres nas revoltas dos trabalhadores rurais na região de Trombas e Formoso em Goiás nos anos 1950. Conta ainda sobre sua prisão durante a ditadura militar. Essa voz comunista é apresentada pela historiadora Paula Elise.

Projeto e execução: Ana Clara Tavares, Felipe Ribeiro, Larissa Farias e Paulo Fontes
Apoio: Centro de Documentação e Imagem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Agradecemos às instituições e pesquisadores que gentilmente colaboraram com nosso projeto

Referência da entrevista: Entrevista Dirce Machado. 2016. Entrevistadora: Paula Elise. Acervo do Grupo de Pesquisa História Oral e Mundos do Trabalho do IFMG- Betim (NHO- IFMG-Betim).

Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz Vale Mais

Está no ar o quarto episódio da nova temporada do podcast Vale Mais, do LEHMT-UFRJ! Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. Neste quarto episódio, conversamos com Itan Cruz, doutor em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), sobre sua tese Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1889). Ao longo da conversa, Itan mostra como investigou de que maneira políticos baianos, como Saraiva, Dantas e Cotegipe, influenciaram os últimos anos do cativeiro no Brasil. Entre jogos de poder, alianças improváveis e disputas internas, revelamos como o baianismo atravessou gabinetes, salões, senzalas e até as relações íntimas do Império. Para saber mais, ouça o episódio. E não deixe de acompanhar a nova temporada do Vale Mais! Entrevistadores: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Josemberg Araújo, Larissa Farias e Thompson Clímaco Roteiro: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Larissa Farias e Thompson Clímaco Produção: Ana Clara Tavares e Larissa Farias Edição: Josemberg Araújo e Thompson Clímaco Diretor da série: Thompson Clímaco Coordenadora geral do Vale Mais: Larissa Farias
  1. Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz
  2. Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima
  3. Vale Mais #29: The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil, por Alexandre Fortes
  4. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  5. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus

Curso de formação: “Mundos do Trabalho: historiografia e ensino”

A ANPUH, em parceria com o LEHMT/UFRJ e o NEPHS/UFRRJ, tem o prazer de anunciar o curso de formação: “Mundos do Trabalho: historiografia e ensino”. Em três aulas síncronas, professores universitários e da rede de educação básica vão analisar a historiografia sobre os Mundos do Trabalho envolvendo questões de classe, raça e gênero na história do trabalho no Brasil. O curso também abordará o conceito de mundos de trabalho na cultura escolar, na BNCC e nas possibilidades de desenvolver o tema em sequências didáticas na História do Brasil, conforme a experiência da seção “Chão de Escola ” do LEHMT-UFRJ.

Aula 1: A historiografia dos Mundos do Trabalho – Prof. Paulo Fontes (UFRJ)
Aula 2: Classe, raça e gênero na história do trabalho no Brasil – Profa. Fabiane Popinigis (UFRuralRJ) e Prof. Robério Souza (UNEB)
Aula 3: Chão de Escola: ensino de História e Mundos do Trabalho – Profs. Claudiane Torres (SME- RJ/LEHMT-UFRJ), Luciana Wollmann (SME-RJ/LEHMT-UFRJ) e Samuel Oliveira (CEFET-RJ/LEHMT-UFRJ)

As aulas ocorrerão dias 30/06, 07/07 e 14/07, às quintas-feiras, das 18:30 às 21:00, com acesso a partir da Plataforma Even3, no formato online.

As aulas são síncronas (ocorrerão “ao vivo”) e a inscrição é obrigatória para se ter acesso a elas.

Haverá lista de chamada. Serão fornecidos certificados de participação de 12h.

Os inscritos terão acesso a uma pasta com os documentos e leituras sugeridos pelos/as docentes do curso.

Para mais informações, clique aqui.

Livros de Classe #18:  Liberalismo e sindicato no Brasil, de Luiz Werneck Vianna, por Fernando Perlatto

Neste vídeo de Livros de Classe, Fernando Perlatto, professor da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), apresenta a obra “Liberalismo e sindicato no Brasil”, de Luiz Werneck Vianna. Fruto de sua tese de doutorado, o livro traz importantes contribuições para a história do trabalho e para as análises acerca da formação da classe trabalhadora no Brasil.

Livros de Classe

Os estudantes de graduação são desafiados constantemente a elaborar uma percepção analítica sobre os diversos campos da história. Nossa série Livros de Classe procura refletir justamente sobre esse processo de formação, trazendo obras que são emblemáticas para professores/as, pesquisadores/as e atores sociais ligados à história do trabalho. Em cada episódio, um/a especialista apresenta um livro de impacto em sua trajetória, assim como a importância da obra para a história social do trabalho. Em um formato dinâmico, com vídeos de curtíssima duração, procuramos conectar estudantes a pessoas que hoje são referências nos mais diversos temas, períodos e locais nos mundos do trabalho, construindo, junto com os convidados, um mosaico de clássicos do campo.

A seção Livros de Classe é coordenada por Ana Clara Tavares.

A Cor da Modernidade: A Branquitude e a Formação da Identidade Paulista


No dia 23 de junho (quinta-feira), Barbara Weinstein (NYU) lançará a versão em português de seu aclamado livro “A Cor da Modernidade. A branquitude e a formação da identidade paulista” (Edusp, 2022). Às 19h, na livraria da Travessa de Botafogo (rua Voluntários da Pátria 97), ela debaterá o livro com o Prof. Paulo Fontes (UFRJ).

Chão de Escola #24: Mulheres operárias, trabalho e sindicalismo na ditadura civil-militar brasileira



Victória Ferreira Cunha



Apresentação da atividade

Segmento: Ensino Fundamental II (9º ano)

Unidade temática: Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946.

Objetivos gerais:

– Contextualizar a emergência da ditadura militar no Brasil e os seus impactos nos mundos do trabalho;
– Identificar o espaço ocupado pelas mulheres no mercado de trabalho e as condições em que as mesmas estavam inseridas;
– Compreender a dinâmica estabelecida no período da abertura política no país e a emergência da participação popular na construção da nova constituição;
– Caracterizar as reivindicações e contribuições das mulheres trabalhadoras na ampliação dos seus direitos.

Habilidades a serem desenvolvidas (de acordo com a BNCC):

(EF09HI20) Discutir os processos de resistência e as propostas de reorganização da sociedade brasileira durante a ditadura civil-militar.
(EF09HI22) Discutir o papel da mobilização da sociedade brasileira do final do período ditatorial até a Constituição de 1988.
(EF09HI23) Identificar direitos civis, políticos e sociais expressos na Constituição de 1988 e relacioná-los à noção de cidadania e ao pacto da sociedade brasileira de combate a diversas formas de preconceito, como o racismo.

Duração da atividade: 4 aulas de 50 minutos  

Aulas Planejamento
01Etapa 1
02Etapas 2
03Etapa 3
04Etapa 4

Conhecimentos prévios:

Ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985) e os processos de resistência.

Atividade


Etapa 1: Trabalhadores, sindicatos e ditadura civil-militar no Brasil

Professor(a), busque discutir os fatores internos e externos que contribuíram para que o golpe se estabelecesse em 1964. É importante ressaltar a ampla participação dos trabalhadores e trabalhadoras, dos sindicatos e do próprio CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), pela garantia de melhores condições de trabalho e de vida, visto que se mobilizaram não somente a partir de greves, como também se constituíram enquanto importante mecanismo de pressão para que as propostas das Reformas de Base se concretizassem. Vale mencionar que a relação de Jango com os trabalhadores e outros movimentos sociais não se deu de maneira homogênea, sendo permeada por conflitos e divergências ao longo do seu mandato.

Atividade 1: Após elucidar as principais questões que findaram no golpe de 1964, trabalhe com os estudantes em sala o texto A emergência do golpe e os mundos do trabalho e discuta as questões propostas, pedindo para que eles as respondam no caderno.

  1. O que motivou determinados grupos sociais a operarem um golpe contra o governo do presidente João Goulart em 1964? Quais grupos eram esses?
  2. Quais seriam os fatores externos que teriam contribuído para a consolidação do golpe?
  3. No que se refere aos trabalhadores e suas entidades, responda:

a) De maneira geral, como a classe trabalhadora buscou se mobilizar nos anos anteriores ao golpe? O que os movimentos sociais que envolviam esses trabalhadores pretendiam?
b) Com a deflagração do golpe, quais foram as medidas que atingiram os trabalhadores? Quando essas medidas foram instituídas?
c) Compare as condições atuais dos trabalhadores do Brasil com as condições dos trabalhadores ao longo da ditadura militar, buscando analisar os seguintes pontos:

  • Salário
  • Inflação
  • Poder aquisitivo
  • Alimentação
  • Acesso ao lazer
  • Acesso à educação

Obs.: De tarefa para a casa, peça que os alunos façam uma breve pesquisa sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho, para que a próxima aula seja iniciada com um debate sobre o tema.

Etapa 2: Mulheres, mercado de trabalho e sindicalização

Professor (a), tendo em vista que os estudantes pesquisaram sobre as mulheres e o mercado de trabalho, promova um debate inicial sobre a inserção dessas mulheres no mundo trabalhista, os cargos ocupados, a desigualdade salarial presente até os dias atuais, assim como as condições que envolvem as mulheres e seu cotidiano entre a esfera privada e a esfera pública. Escreva no quadro as informações que os estudantes oferecem.

Após a abordagem inicial, construa uma narrativa explicando a temática. Para auxiliar, colaboramos com a seguinte discussão sugerimos a utilização do texto As mulheres e os Mundos do Trabalho no Brasil: uma breve abordagem;


Etapa 3 e 4: O trabalho das mulheres através do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais

Professor (a), após discutir o contexto da ditadura civil-militar no Brasil, assim como abordar sobre as mulheres nos mundos do trabalho ao longo do século XX, faça uma breve apresentação sobre o Sindieletro/MG (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais) como estudo de caso já que utilizaremos o periódico dessa entidade classista como fonte que será analisada pelos estudantes.

Periódico Hidrelétrico, órgão do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de BH 21.

Texto I: Sobre o Sindieletro e seus periódicos

O Sindieletro, atual nome do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais, foi criado em 1946 por trabalhadores da empresa “Força e Luz”, responsável pelo fornecimento de energia aos bondes de Belo Horizonte. A Cemig, criada em 1952, anexou a empresa “Força e Luz” no ano de 1973, tendo o sindicato servido aos trabalhadores de ambas as empresas ao longo dessas sete décadas.
As publicações da entidade contam com quatro diferentes fases de circulação em seus impressos: O primeiro, o Hidro-Elétrico (ou Hidroelétrico) iniciou suas publicações em dezembro de 1956 e permaneceu até dezembro de 1961. O periódico seguinte, Hidrelétrico, circulou de dezembro de 1968 a agosto de 1973 e, após uma interrupção, ficou vigente de junho de 1978 a abril de 1983. O periódico da terceira fase, leva o nome atual do sindicato, Sindieletro, que circulou entre julho de 1983 e julho de 1990. Por último, a quarta fase, ocorreu em janeiro de 1994 sob o título “Chave Geral”, o qual se encontra em circulação até os dias atuais. É possível percorrer diferentes caminhos temáticos a partir desses periódicos, na medida em que estes, ao longo de sessenta e três anos de existência, compreendem diferentes contextos históricos.
É possível traçar um breve histórico da participação feminina nos periódicos, visto que inicialmente a participação da mulher se restringiu à redação da sessão “Página Feminina” e de algumas poesias, na fase posterior do jornal essa presença se estabeleceu mediante a escrita de matérias propriamente políticas e trabalhistas, principalmente por Maria Felícia da Rocha Macedo. Apesar da presença de algumas discussões em torno da condição feminina, tais questões só se estabeleceram realmente no impresso “Sindieletro”.
Nessa perspectiva, situadas uma década depois, a Comissão de Assuntos Femininos e a Comissão de Mães permanecem nesse âmbito político, discutindo, todavia, acerca da cidadania feminina e de sua participação no mundo profissional, especialmente no que se refere à reflexão dos impactos e das dificuldades decorrentes da inserção da mulher no mercado de trabalho. Além disso, essas comissões criaram meios de comunicação entre as sindicalizadas, proporcionando-lhes uma melhor articulação, o que contribuiu para a organização de debates e pautas de reivindicação propriamente femininas.
Algumas discussões culturais e poéticas presentes nos periódicos anteriores praticamente desapareceram no “Sindieletro”. Todavia, um aspecto bastante instigante no jornal foi a presença da coluna “Nós, Mulheres”, redigida e organizada pela “Comissão de Assuntos Femininos” do Sindicato. A coluna abordou, de maneira geral, discussões acerca da condição feminina, da desigualdade entre gêneros no mercado de trabalho, da dupla jornada enfrentada pelas mulheres, assim como publicou convites e discussões decorrentes de encontros nacionais de mulheres.

Atividade 2: Professor (a), para a análise do periódico, divida a turma em grupos e distribua o roteiro de análise a seguir. Esse mesmo roteiro deve ser utilizado por todos os estudantes, visando em um primeiro momento analisar de maneira geral o periódico enquanto fonte, e posteriormente, se detendo às matérias de autoria feminina como indicado em cada documento. Solicite que os estudantes retirem dos documentos e registrem no caderno trechos que evidenciam as condições de trabalho enfrentadas pelas mulheres desenvolvendo o debate sobre o trabalho feminino no contexto da ditadura civil-militar.

  • Como atividade final, solicite que cada grupo de estudantes produza um cartaz com os principais temas retirados dos documentos do periódico sindical sobre o trabalho feminino.

Roteiro de Análise


Bibliografia e Material de apoio:

CORRÊA, Larissa. Disseram que voltei americanizado: Relações sindicais Brasil-Estados Unidos na ditadura militar. Campinas: Editora Unicamp: 2017.

CORRÊA, Larissa; FONTES, Paulo. As falas de Jerônimo: Trabalhadores, sindicatos e a historiografia da ditadura militar brasileira. Anos 90. Porto Alegre, v.23, n. 43, p.129-151, jul.2016.

LUNA, Francisco V. KLEIN, Herbert S. Transformações econômicas no período militar (1964-1985). In: REIS, Daniel Aarão. RIDENTI, Marcelo. MOTTA, Rodrigo P. Sá. A ditadura que mudou o Brasil: 50 anos do golpe. São Paulo: Zahar, 2014.

MATTOS, Marcelo Badaró. O sindicalismo brasileiro após 1930. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.       

MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o perigo vermelho. São Paulo: Perspectiva, 2002.

NAGASAVA, Heliene. O sindicato que a ditadura queria: O Ministério do Trabalho no governo Castelo Branco (1964-1967). Jundiaí: Paco Editorial, 2018.

NAPOLITANO, Marcos. Recordar é vencer: as vicissitudes da construção da memória sobre o regime militar brasileiro. Antíteses, Londrina, V. 8, n. 15, 2015, p. 9-45.

NEGRO, Antonio; CORRÊA, Larissa; FONTES, Paulo. Trabalhadores e Ditadura. Revista Mundos do Trabalho. Florianópolis, v.6, nº 11, p.5-9, jan./jun. 2014.

SANTANA, Marco Aurélio. Ditadura Militar e a resistência operária: O movimento sindical brasileiro do golpe à transição democrática (Dossiê). Política & Sociedade, Santa Catarina, n. 13, 2008.


Créditos da imagem de capa: PASSEATA DE MULHERES NO LARGO CARIOCA À CINELÂNDIA, NO RIO DE
JANEIRO EM 1983 (FOTO: ALMIR VEIGA (CPDOCJB)) acessado no site, https://www.geledes.org.br/ostestemunhos-das-mulheres-que-ousaram-combater-a-ditadura-militar/



Chão de Escola

Nos últimos anos, novos estudos acadêmicos têm ampliado significativamente o escopo e interesses da História Social do Trabalho. De um lado, temas clássicos desse campo de estudos como sindicatos, greves e a relação dos trabalhadores com a política e o Estado ganharam novos olhares e perspectivas. De outro, os novos estudos alargaram as temáticas, a cronologia e a geografia da história do trabalho, incorporando questões de gênero, raça, trabalho não remunerado, trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias e até mesmo desempregados no centro da análise e discussão sobre a trajetória dos mundos do trabalho no Brasil.
Esses avanços de pesquisa, no entanto, raramente têm sido incorporados aos livros didáticos e à rotina das professoras e professores em sala de aula. A proposta da seção Chão de Escola é justamente aproximar as pesquisas acadêmicas do campo da história social do trabalho com as práticas e discussões do ensino de História. A cada nova edição, publicaremos uma proposta de atividade didática tendo como eixo norteador algum tema relacionado às novas pesquisas da História Social do Trabalho para ser desenvolvida com estudantes da educação básica. Junto a cada atividade, indicaremos textos, vídeos, imagens e links que aprofundem o tema e auxiliem ao docente a programar a sua aula. Além disso, a seção trará divulgação de artigos, entrevistas, teses e outros materiais que dialoguem com o ensino de história e mundos do trabalho.

A seção Chão de Escola é coordenada por Claudiane Torres da Silva, Luciana Pucu Wollmann do Amaral e Samuel Oliveira.