Como o historiador e a historiadora do trabalho poderão, no futuro, estudar uma greve totalmente organizada por troca de mensagens por aplicativos? O suporte material das fontes a serem utilizadas não será mais uma ata de reunião sindical ou panfletos. Toda a informação sobre a organização de um evento como este estará criptografada e processada por algoritmos, se existir. Há questões epistemológicas e de prática de pesquisa que a virada digital impôs e precisam ser discutidas. Esse é um exemplo do debate que é proposto pela revista Mundos do Trabalho, que publicou, em seu volume 13 (2021), a seção de debates “Fontes e acervos para a história do trabalho na era digital”.
O artigo que dá nome a seção foi escrito pelo pesquisador LEHMT-UFRJ e professor da PUC-Rio, Deivison Amaral, e pela pesquisadora associada do LEHMT-UFRJ e professora da UFRRJ, Fabiane Popinigis. O texto aborda, de forma geral, as novas questões epistemológicas enfrentadas por historiadores e historiadas após a virada digital e, de forma específica, as implicações disso para o campo da história do trabalho.
Além disso, a seção Debates da revista Mundos do Trabalho traz dois artigos. O primeiro, escrito pelo pesquisador associado do LEHTM-UFRJ e professor da UFRRJ, Alexandre Fortes, analisa a formação de profissionais da história na era digital. O segundo, escrito por Lucas Poy (UBA/CONICET), aborda arquivos e bibliotecas do movimento operário a partir da trajetória da International Association of Labor History Institutions.
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