Travestis e transexuais: A busca pela cidadania antes do fim do arco-íris – Flavia Veras

Flavia Veras, pesquisadora do LEHMT,  publicou recentemente o artigo  Travestis e transexuais: A busca pela cidadania antes do fim do arco-íris no livro História Oral  e Direito à Cidade: Paisagens urbanas, narrativas e memória social organizado pela professora da UFRJ, Andrea Casa Nova Maia.  

O artigo articula a transfobia e a reprodução de desigualdades, que limitam o exercício da cidadania e o acesso aos equipamentos urbanos, ao mercado de trabalho e a dignidade para pessoas trans e travestis. Apesar dos recentes avanços legais no sentido de criar leis e condenar práticas que discriminem a população LGBT+, esse grupo social ainda sofre pesadas interdições que limitam mais que a participação política, também a vida social em sua plenitude. Travestis e transexuais, sobretudo dos setores mais subalternos da população, constituem a parcela mais vulnerável da população LGBT+ no Brasil. Os dados apresentados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e pelo Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), analisados no artigo, apontam os números impressionantes de assassinatos, inclusive com crueldade e tortura, de pessoas trans e travestis. A violência física e psicológica acompanha trajetórias de vidas marcadas pela exclusão em espaços estratégicos para sociabilidade humana: na família, na escola e por fim também no mercado de trabalho. Tal condição acarreta problemas econômicos e sociais que arrastam o grupo para atividades não formalizadas, aumentando sua vulnerabilidade e invisibilidade. Em um contexto que a categoria analítica de gênero vem sendo discutida no interior da academia e movimentos sociais reivindicam a incorporação efetiva das pautas LGBT+ nos amplos setores sociais e do Estado, temos também um movimento conservador crescente e muito resistente a essas demandas. Esse artigo discute tais questões inspirado pelo olhar e experiência da professora doutora e ativista Dani Balbi, “mulher trans, negra e da periferia”, que concorreu ao cargo de deputada estadual pelo Rio de Janeiro nas eleições de 2018 pelo PCdoB.

Link para pré-venda do livro: https://www.letraevoz.com.br/historia-oral/colecao-historia-oral-e-dimensoes-do-publico/historia-oral-e-direito-a-cidade-andrea-casa-nova-maia-pre-venda/

Vale Mais #03 – 100 anos da OIT


Vale Mais é um podcast do Laboratório de Estudos dos Mundos do Trabalho da UFRJ. O objetivo é discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da perspectiva da história social.

O episódio #03 é sobre os 100 anos da Organização Internacional do Trabalho, a OIT. Criada em 1919, após a Primeira Guerra Mundial e fazendo parte do acordo de Versalhes, a OIT tinha como objetivo padronizar e pacificar as relações de trabalho no mundo, de diferentes correntes.

A trajetória do órgão e a sua relação com o Brasil serão temas da nossa conversa com o historiador argentino e professor da Universidade Federal Fluminense, Norberto Ferreras.

Produção: Deivison Amaral, Heliene Nagasava, Paulo Fontes e Yasmin Getirana.
Roteiro: Heliene Nagasava e Paulo Fontes.
Com a colaboração de Isabelle Pires, Philip Mazza Guimarães, Renata Moraes, Thompson Alves, Yasmin Getirana.
Apresentação: Yasmin Getirana.

Créditos da Imagem: Delegados na plenária da 1ª sessão da OIT, 1919. Washington/EUA
Disponível em: https://www.ilo.org/dyn/photolib/en/f?p=600817:230:0::NO:RP,230:P230_SEARCH_TEXT:e9844


O Vale Mais está disponível no Spotify, Apple Podcasts, CastBox e outros distribuidores.

Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima Vale Mais

Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. No terceiro episódio, conversamos com Thayara de Lima, doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autora do livro A cultura de luta antirracista e o movimento negro do […]
  1. Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima
  2. Vale Mais #29: The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil, por Alexandre Fortes
  3. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  4. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus
  5. Vale a Dica #13: 2 de Julho: a Retomada, de Spency Pimentel e Joana Moncau

Entrevista com Nair Jane, liderança histórica das trabalhadoras domésticas do Rio de Janeiro, na Revista Mundos do Trabalho – Paulo Fontes, Louisa Acciari, Tatiane Oliveira e Yasmin Getirana

Acaba de ser lançado o número 20 da Revista Mundos do Trabalho que conta com o dossiê: “Trabalho doméstico: sujeitos, experiências e lutas”, organizado por Flavia Fernandes de Souza e Maciel Henrique Silva.

Nesta edição, Paulo Fontes e Yasmin Getirana, pesquisadores do LEHMT, em conjunto com Louisa Acciari e Tatiana de Oliveira Pinto, publicaram uma entrevista com Nair Jane de Castro Lima, liderança histórica das trabalhadoras domésticas do Rio de Janeiro.

Nascida no Maranhão, Nair Jane, uma mulher negra hoje com 87 anos, começou a trabalhar como doméstica ainda criança. Nos anos 1960 vinculou-se à Juventude Operária Católica (JOC) e tornou-se presidente da Associação Profissional das Empregadas Domésticas do Rio de Janeiro no início da década de 1970, participando de sua transformação em sindicato, do qual se tornaria a primeira presidenta em 1988, Participou ainda da formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e foi uma das fundadoras da Confederação Latino-Americana e do Caribe das Trabalhadoras Domésticas em 1988 e do sindicato da categoria na Baixada Fluminense, onde atualmente ocupa o cargo de vice-diretora. Em 2003, recebeu o Prêmio Bertha Lutz, do Senado Federal, e em 2019 foi homenageada com o “Diploma Mulher-Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro”, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Essa entrevista e o número completo da revista podem ser acessados em https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho

Exibição e debate do documentário Dying for gold sobre os mineiros da África do Sul – 20/9, 11h na PUC-RIO

O Laboratório de Pesquisa em Conexões Atlânticas da PUC-Rio e o Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ promoverão a exibição e debate do documentário sul-africano Dying for gold (2018), dirigido por Richard Pakleppa e Catherine Meyburgh. O filme será exibido no dia 20 de setembro (sexta-feira), às 11h na Sala K102 (1o andar) do Edifício da Amizade na PUC-Rio.

Dying for gold aborda a situação da mineração aurífera na África Austral. O filme retrata uma epidemia de silicose e tuberculose que atingiu os mineiros como consequência das condições de trabalho nas minas.  O documentário foi feito ao longo de três anos de pesquisa e filmagem na África do Sul, Moçambique, Lesoto e Suazilândia e justapõe histórias pessoais de mineiros e suas famílias com documentos arquivísticos compilados pelos cineastas.

Os mineiros e seus familiares conquistaram um acordo com as companhias mineradoras da região em 2018 por meio de uma ação coletiva. As empresas se comprometeram a pagar as indenizações nos próximos doze anos. A exibição deste documentário faz parte de uma campanha dos diretores do filme para pressionar as mineradoras a cumprirem o que foi acordado e para trazer à luz as condições de vida e de trabalho dos mineiros da região.

Para mais informações: http://www.dyingforgold.com/

Chamada de artigos pro dossiê “História do trabalho e dos trabalhadores: dimensões políticas, econômicas e sociais” da revista Ars Historica

A Ars Historica (A4), revista discente do Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ (PPGHIS), divulga a chamada de artigos para sua 19ª edição:

A segunda edição de 2019 da Ars Historica buscará divulgar estudos que contribuam para o debate sobre os conceitos e as práticas investigativas concernentes ao campo da história do trabalho e dos trabalhadores. Nesse sentido, a chamada para o dossiê temático visa abrir espaço para a publicação de discussões sobre as dinâmicas sociais e os processos históricos que envolvem as atividades produtivas e as relações de trabalho, bem como para a divulgação de diferentes abordagens, metodologias e perspectivas analíticas que são desenvolvidas no interior dessas temáticas.

Centradas nos trabalhadores, as pesquisas recentes têm abordado diversas categorias, como: os trabalhadores livres, libertos e escravizados, urbanos e rurais, assalariados e autônomos, formais e informais, entre outros. Assim, observa-se um processo de renovação da historiografia brasileira que problematiza o fato de que as pesquisas sobre o trabalho estiveram, por muito tempo, restritas, por um lado, à análise do sistema escravista e, por outro, ao estudo da força de trabalho assalariada, masculina, urbana, branca e fabril. As pesquisas relativas ao trabalho também são ricas quanto às fontes de informação e às abordagens de análise, em que o diálogo interdisciplinar se faz possível e, muitas vezes, necessário.

Assim, são bem-vindos artigos que abordem diferentes períodos e regiões e tratem de temas como: a cultura associativa; os aspectos de raça, gênero, sexualidade e questões etárias nas relações de trabalho; as táticas de resistência, enfrentamento e mobilização dos trabalhadores; as lutas por direitos sociais, trabalhistas e de acesso à cidade; as condições de trabalho; o cotidiano dos trabalhadores; a relação entre trabalhadores, patrões e poderes públicos; os debates que envolvem trabalho e direitos humanos; o sindicalismo e as formas de participação política dos trabalhadores; as relações sociais desenvolvidas entre os trabalhadores; as questões relativas ao trabalho doméstico; e os espaços de sociabilidade, articulação dos trabalhadores, entre outras possibilidades de estudo na área.

A Ars Historica é uma publicação online, com ISSN 2178-244X, de acesso livre e editada por alunos/as do Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ. Para mais informações sobre a publicação, consulte: http://www.ars.historia.ufrj.br/

LABUTA #04: O que é história social do trabalho? – com Álvaro Nascimento

Álvaro Nascimento é Professor Associado III da UFRRJ (campus Nova Iguaçu), do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós Graduação em Humanidades Digitais da mesma universidade. Em 1999, ganhou o Prêmio Arquivo Nacional com a dissertação de mestrado “A ressaca da marujada: recrutamento e disciplina na Armada Imperial , publicada em 2001. Em 2003, sua tese de doutorado foi vencedora do Concurso de Teses de Doutorado sobre Relações Raciais e Cultura Negra no Brasil, do Centro de Estudos Afro-Brasileiros e Fundação Ford. Em 2008, sua tese foi publicada com o título Cidadania, cor e disciplina na Revolta dos Marinheiros de 1910, pela editora Mauad.
Direção, Roteiro e Produção
Deivison Amaral
Heliene Nagasava
Yasmin Getirana.
Ano de produção: 2019
Duração: 9’43’’
Labuta é um canal de vídeos do LEHMT sobre história, trabalho e sociedade.
A série “O que é história social do trabalho?” inaugura o Labuta. Durante o ano de 2019, publicaremos a série, que tem por objetivo apresentar o campo de estudos da história social do trabalho a partir de entrevistas com especialistas.
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www.lehmt.org
Produção do LEHMT – Laboratório de Estudos da História dos Mundos do Trabalho da UFRJ
VALE MAIS – PODCAST DO LEHMT
LABUTA – VÍDEOS DO LEHMT

VI Seminário Internacional “Mundos do Trabalho”: Chamada de Apresentações / Call for papers / Convocatoria de ponencias

O GT Mundos do Trabalho da Associação Nacional de História – ANPUH tem o prazer de convidar as/os pesquisadoras/es interessadas/os na história do trabalho em todas suas vertentes a participar do VI Seminário Internacional Mundos do Trabalho, promovido em conjunto com a X Jornada Nacional de História de Trabalho, que será realizado entre os dias 13 e 16 de julho de 2020, no Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Campus Nova Iguaçu. São bem-vindos trabalhos originais, fundamentados em pesquisas empíricas, debates teóricos e metodológicos e balanços da produção acadêmica sobre os mundos do trabalho em suas dimensões históricas.
A X Jornada Nacional de História de Trabalho e o VI Seminário Internacional Mundos do Trabalho terão mesas redondas e sessões coordenadas. Esta chamada abre inscrições para as sessões coordenadas: serão recebidas candidaturas de comunicações individuais e de sessões coordenadas completas (com no mínimo 3 e no máximo 4 participantes). O comitê de seleção das propostas dará preferência às propostas de sessões coordenadas completas. Interessam, particularmente, propostas que valorizem conexões entre pesquisadoras/es de diferentes instituições, regiões e países.

Os formulários de inscrição estão disponíveis em: https://gtmundosdotrabalho.org/


The members of the Workgroup “Worlds of Labor” – Brazilian History Association (GT “Mundos do Trabalho” – Associação Nacional de História – ANPUH) have the pleasure to invite researchers to submit presentation proposals for the VI International “Worlds of Labor” Conference, to be held jointly with the VIII National Workshop of Labor History. The event will take place from July 13th to 16th, 2020 at Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ/IM), Campus Nova Iguaçu, Brazil. Presentation proposals must be based on empirical research, theoretical and methodological debates and assessments of the academic production that enable the dialogue with others interested in similar themes.
The X National Workshop of Labor History and the VI International “Worlds of Labor” Conference will comprise roundtables and coordinated sessions. The round table will be composed by invited national and international specialists. The coordinated sessions are open to registration. Proposals can be made either for individual presentations or for complete sessions (with a minimum of 3 and a maximum of 4 participants). Proposals based on interdisciplinary and interinstitutional connections, as well as those involving different countries and regions are particularly welcome.
Pre-registration forms available at: https://gtmundosdotrabalho.org/


Las/os participantes del Grupo de Trabajo Mundos del Trabajo de la Associação Nacional de Historia do Brasil – ANPUH invitan a todas/os las/los investigadores interesadas/os a participar del VI Seminario Internacional Mundos del Trabajo, promovido en conjunto con la X Jornada Nacional de Historia del Trabajo, que será realizado entre los días 13 y 16 de julio de 2020, en la Universidad Federal Rural de Río de Janeiro (UFRRJ/IM), Río de Janeiro, Brasil. Serán bienvenidos trabajos originales, fundamentados en investigaciones empíricas, debates teóricos y metodológicos y balances de la producción académica que posibiliten el diálogo entre estudiosos/as de los mundos del trabajo.
La X Jornada Nacional de historia del Trabajo y el VI Seminario Internacional Mundos del Trabajo contarán con mesas redondas y sesiones coordinadas. En esta oportunidad, se abren las inscripciones para las sesiones coordinadas: se recibirán propuestas de comunicaciones individuales y sesiones coordinadas completas (con un mínimo de 3 y máximo de 4 participantes). El comité de selección de las propuestas dará preferencia a sesiones coordinadas completas. Interesan, en particular, propuestas que valoren conexiones entre investigadores/as de diferentes instituciones, estados, regiones y países.
Los formularios de preinscripción están disponibles en: https://gtmundosdotrabalho.org/

XVI Congresso da ABET – Salvador – 3 a 6 de setembro de 2019

O XVI Congresso da ABET, a realizar-se de 3 a 6 de setembro de 2019 na cidade de Salvador, na UFBA, tem como tema as Reformas Trabalhistas que ocorreram ao redor do mundo, com ênfase no caso brasileiro. O Congresso é realizado pela Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET).

Durante o evento, duas atividades são relacionadas à história social do trabalho. O Grupo Temático 15, coordenado pelo pesquisador associado do LEHMT, Antonio Luigi Negro (UFBA), e por Elina Peçanha (UFRJ). Renata Moraes (UERJ), pesquisadora do LEHMT, apresentará neste GT o trabalho As diferentes cidades dentro de uma só: O Rio de Janeiro livre e escravizado das últimas décadas do oitocentos. Além disso, o evento conta com a Mesa Redonda 02: História Social do Trabalho: avanços e desafios.

Abaixo, a programação detalhada da Mesa Redonda e o link para a programação detalhada do Grupo Temático 15.

Grupo Temático 15 – História social do trabalho

https://www.abet2019.sinteseeventos.com.br/simposio/view?ID_SIMPOSIO=22

Mesa Redonda 02 – História Social do Trabalho: avanços e desafios

4/9/2019, 08h30 – 10h00

Coordenação: 
Aldrin A. S. Castellucci (UNEB)
Expositores:
Clarice Gontarski Speranza (UFRGS)
Fernando Teixeira da Silva (UNICAMP)
Pamela Cox (University of Essex / Reino Unido)

Artigo: Da eleição à cassação: a atuação dos parlamentares comunistas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (1947-1948) – Luciana Wollmann do Amaral

Niterói, 13 de janeiro de 1947.  Era verão e uma pequena multidão se avolumava para saudar os seis deputados comunistas que tiveram os seus mandatos cassados naquela tarde de janeiro. Após serem formalmente notificados da perda de seus mandatos, os operários Paschoal Danielli, Horácio Valladares, Walkírio de Freitas, Celso Fernandes Tôrres, o escrivão da justiça Lincoln Cordeiro Oest e o médico José Brigagão foram recebidos sobre aplausos pelos populares que ocupavam das galerias ao hall de entrada do prédio. Eleitos para assembleia legislativa do Rio de Janeiro, no pleito constituinte realizadas em 19 de janeiro de 1947, os parlamentares fluminenses constituíram a quarta maior bancada comunista do Brasil daquele período. Em plenário, os deputados  tiveram uma atuação destacada, não apenas dando visibilidade às reivindicações dos trabalhadores, mas também colocando em pauta assuntos concernentes à economia e a política nacional. Eleitos em um período de inflexão dentro partido, que mudaram os rumos da sua linha política, os parlamentares comunistas procuravam manter o compromisso com a diretriz partidária da “União Nacional” ao mesmo tempo em que discutiam os rumos da democracia recentemente reconquistada no país.

Link para o texto de Luciana Wollman do Amaral: 

http://wpro.rio.rj.gov.br/revistaagcrj/wp-content/uploads/2019/08/AGCRJ_revista16_190802-181-204.pdf

O “advogado das favelas” e o movimento de trabalhadores favelados do Rio de Janeiro – Samuel Oliveira e Dulce Pandolfi

O artigo Dr. Magarinos Torres Filho”: formação social e lutas da esquerda carioca aborda a trajetória social e política de um dos personagens da vida política carioca. Magarinos Torres Filho foi um dos fundadores da União dos Trabalhadores Favelados em 1954. A associação foi criada para evitar a remoção de moradores da favela do Borel mas se expandiu para outras localidades do Rio de Janeiro, organizando passeatas, congressos e campanhas em favor do direito a cidade do “trabalhador favelado”.

A memória social desse personagem é um dos signos da luta política nas favelas sendo ressignificada em diferentes conjunturas dos anos 60, 70 e 90. Tentando superar a armadilha da memória social que identifica de forma unívoca o personagem com a luta das favelas, os autores Samuel Oliveira (PPRER/CEFET-RJ) e Dulce Pandolfi (IBASE) fazem um esforço de recuperar a trajetória desse personagem como advogado e membro das classes médias tijucana no Rio de Janeiro, a maneira como se tornou “advogado do partido” comunista na redemocratização e Guerra Fria, e a forma como foi identificado como “advogado das favelas”.

Para contar a história desse personagem fundamental na militância política das esquerdas cariocas, mas pouco investigado na historiografia, os autores lançam mão de documentos da polícia política, entrevistas, folhetos e jornais das décadas de 1940 e 1950.

Clique aqui e leia o artigo no site da Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

Crédito da imagem de capa: Folheto com Estatuto da União dos Trabalhadores Favelados, 1958. Acervo Condutores de Memória.