O “advogado das favelas” e o movimento de trabalhadores favelados do Rio de Janeiro – Samuel Oliveira e Dulce Pandolfi

O artigo Dr. Magarinos Torres Filho”: formação social e lutas da esquerda carioca aborda a trajetória social e política de um dos personagens da vida política carioca. Magarinos Torres Filho foi um dos fundadores da União dos Trabalhadores Favelados em 1954. A associação foi criada para evitar a remoção de moradores da favela do Borel mas se expandiu para outras localidades do Rio de Janeiro, organizando passeatas, congressos e campanhas em favor do direito a cidade do “trabalhador favelado”.

A memória social desse personagem é um dos signos da luta política nas favelas sendo ressignificada em diferentes conjunturas dos anos 60, 70 e 90. Tentando superar a armadilha da memória social que identifica de forma unívoca o personagem com a luta das favelas, os autores Samuel Oliveira (PPRER/CEFET-RJ) e Dulce Pandolfi (IBASE) fazem um esforço de recuperar a trajetória desse personagem como advogado e membro das classes médias tijucana no Rio de Janeiro, a maneira como se tornou “advogado do partido” comunista na redemocratização e Guerra Fria, e a forma como foi identificado como “advogado das favelas”.

Para contar a história desse personagem fundamental na militância política das esquerdas cariocas, mas pouco investigado na historiografia, os autores lançam mão de documentos da polícia política, entrevistas, folhetos e jornais das décadas de 1940 e 1950.

Clique aqui e leia o artigo no site da Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

Crédito da imagem de capa: Folheto com Estatuto da União dos Trabalhadores Favelados, 1958. Acervo Condutores de Memória.

LEHMT

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Next Post

Artigo: Da eleição à cassação: a atuação dos parlamentares comunistas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (1947-1948) - Luciana Wollmann do Amaral

ter ago 20 , 2019
Niterói, 13 de janeiro de 1947.  Era verão e uma pequena multidão se avolumava para saudar os seis deputados comunistas que tiveram os seus mandatos cassados naquela tarde de janeiro. Após serem formalmente notificados da perda de seus mandatos, os operários Paschoal Danielli, Horácio Valladares, Walkírio de Freitas, Celso Fernandes Tôrres, o escrivão da […]