Vozes Comunistas #11: Jair Pinto de Brito



Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.

“Vozes comunistas” é uma série especial do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ. Nessa série homenageamos o centenário do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e divulgamos áudios que permitem uma reflexão sobre as fortes e complexas relações entre o partido e os mundos do trabalho ao longo da história do país. A cada quinze dias, um trecho de uma entrevista de antigos sindicalistas, lideranças operárias e camponesas ou mesmo trabalhadores/as de base conta um pouco da história do PCB e sua importância para a história do trabalho no Brasil. Pesquisamos áudios em acervos públicos e particulares de todo o país, que serão apresentados por pesquisadores e historiadores especialistas na trajetória do partido. Em nosso décimo primeiro episódio, apresentamos trechos de uma entrevista com o dirigente sindical Jair Pinto de Brito. Jair foi importante liderança dos trabalhadores da indústria do petróleo da Bahia. No trecho que ouviremos, ele fala sobre sua participação na campanha do “Petróleo é Nosso” no Amazonas e de como, no início dos anos 60, o PCB o envia em uma “missão” para colaborar com a organização dos petroleiros e petroquímicos na Bahia. Fala ainda sobre a influência dos sindicalistas na direção da Petrobrás no período que antecedeu ao golpe de 1964. Essa voz comunista é apresentada pelo historiador Alex de Souza Ivo (IFBA).

Projeto e execução: Ana Clara Tavares, Felipe Ribeiro, Larissa Farias e Paulo Fontes
Apoio: Centro de Documentação e Imagem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Agradecemos às instituições e pesquisadores que gentilmente colaboraram com nosso projeto

Referência da entrevista: Entrevista Jair Pinto de Brito. 2006. Entrevistador: Alez de Souza Ivo. Arquivo pessoal de Alex de Souza Ivo.

Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz Vale Mais

Está no ar o quarto episódio da nova temporada do podcast Vale Mais, do LEHMT-UFRJ! Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. Neste quarto episódio, conversamos com Itan Cruz, doutor em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), sobre sua tese Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1889). Ao longo da conversa, Itan mostra como investigou de que maneira políticos baianos, como Saraiva, Dantas e Cotegipe, influenciaram os últimos anos do cativeiro no Brasil. Entre jogos de poder, alianças improváveis e disputas internas, revelamos como o baianismo atravessou gabinetes, salões, senzalas e até as relações íntimas do Império. Para saber mais, ouça o episódio. E não deixe de acompanhar a nova temporada do Vale Mais! Entrevistadores: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Josemberg Araújo, Larissa Farias e Thompson Clímaco Roteiro: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Larissa Farias e Thompson Clímaco Produção: Ana Clara Tavares e Larissa Farias Edição: Josemberg Araújo e Thompson Clímaco Diretor da série: Thompson Clímaco Coordenadora geral do Vale Mais: Larissa Farias
  1. Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz
  2. Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima
  3. Vale Mais #29: The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil, por Alexandre Fortes
  4. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  5. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus

LABUTA – Mundos do Trabalho e Independência #04 – com Marcus Carvalho

A Série “Mundos do Trabalho e Independência” é uma parceria entre o LEHMT/UFRJ, o LEDDES/UERJ e o Laboratório de Conexões Atlânticas/PUC-Rio. Nos sete episódios da série, historiadoras e historiadores apresentam pesquisas que destacam a diversidade de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras na história da fundação do Estado nacional brasileiro

. No quarto episódio da série, Marcus Carvalho trata da escravidão na independência e no período subsequente, no auge do tráfico de africanos. Analisa também a diversidade de sujeitos presentes no longo processo de emancipação política do Brasil.

Direção e Roteiro: Felipe A. Souza e Renata Moraes.
Gravação e produção: Natalia Gomes e Thompson Clímaco

Ano de produção: 2022
Duração: 12’42’’

Labuta é um canal de vídeos do LEHMT sobre história, trabalho e sociedade
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Livros de Classe #22: As metamorfoses da questão social, de Robert Castel, por Adalberto Cardoso

Neste episódio, Adalberto Cardoso, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ), apresenta o livro “As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário”, do sociólogo francês Robert Castel. A obra, em uma perspectiva interdisciplinar, analisa as relações históricas entre a “questão social” e os processos de assalariamento. Explora ainda o papel do trabalho e do salário nas tensões entre as estáveis e integrativas zonas de “coesão social” e as zonas de “desfiliação social”, marcadas pela vulnerabilidade e insegurança, marcantes na sociedade contemporânea.

Livros de Classe

Os estudantes de graduação são desafiados constantemente a elaborar uma percepção analítica sobre os diversos campos da história. Nossa série Livros de Classe procura refletir justamente sobre esse processo de formação, trazendo obras que são emblemáticas para professores/as, pesquisadores/as e atores sociais ligados à história do trabalho. Em cada episódio, um/a especialista apresenta um livro de impacto em sua trajetória, assim como a importância da obra para a história social do trabalho. Em um formato dinâmico, com vídeos de curtíssima duração, procuramos conectar estudantes a pessoas que hoje são referências nos mais diversos temas, períodos e locais nos mundos do trabalho, construindo, junto com os convidados, um mosaico de clássicos do campo.

A seção Livros de Classe é coordenada por Ana Clara Tavares.

Chão de Escola #25: A classe trabalhadora construindo a cidade entre lutas e resistências: Rio de Janeiro, início do século XX, por Vitor Monteiro


Vitor José da Rocha Monteiro


Apresentação da atividade

Segmento: Educação de Jovens e Adultos II – período final (aproximadamente 8º e 9º anos do Ensino Fundamental).

Objetivo de conhecimento:

– Afro-brasileiros, imigrantes e trabalho na sociedade do pós-abolição.
– Transformações urbanísticas e ideais de modernização no início da República.
– Organização e lutas da classe trabalhadora na Primeira República.

Objetivos gerais:

– Perceber o importante papel da classe trabalhadora na construção e transformação do espaço vivido.
– Entender o processo de exploração, criminalização e invisibilização da classe trabalhadora como parte de um projeto do Estado brasileiro no início da República.
– Compreender as razões da organização, lutas e resistências da classe trabalhadora na Primeira República.
– Comparar as condições de vida e trabalho da classe trabalhadora do início do século XX com a da atualidade

Duração da atividade: 4 aulas de aproximadamente 50 minutos a 01 hora.

Aulas Planejamento
01Etapa 1 e 2
02Etapas 3 e 4
03Etapa 5 e 6
04Etapa 7

Conhecimentos prévios:

– Abolição oficial da escravidão no Brasil em 1888.
– Mudança do tipo de governo no Brasil, em 1889, da monarquia para a república.


Atividade

Recursos: Projetor, caixa de som, computador, quadro, fotocopiadora, caderno

Etapa 1: Uma sociedade de trabalhadores(as) invisíveis?

Professor(a), levante alguns questionamentos com as(os) estudantes sobre quem são as pessoas que construíram o espaço ao redor – a sala de aula, a escola, as ruas, prédios e outras construções ao redor. Seria relevante construir, através de um breve debate, uma visão crítica das narrativas que supervalorizam os heróis, políticos, homens públicos e empresários em detrimento do importante papel de trabalhadoras e trabalhadores na formação do espaço vivido e seus aspectos socioeconômicos. Nesse sentido, para auxiliar nessa construção, vale a pena analisar o poema Perguntas de um trabalhador que lê (Documento 1), de 1935, do poeta, dramaturgo e diretor teatral Bertolt Brecht. O referido poema pode ser disponibilizado às (aos) estudantes através de reprodução em fotocopiadora ou de projeção no quadro. Se possível, seria interessante realizar uma dupla leitura: a primeira, individual e silenciosa; a segunda, em voz alta, com as(os) estudantes alternando-se na leitura, de maneira que boa parte da turma participe da ação.

Etapa 2: Reflexão e resolução de questões.

Realizados os questionamentos e debate da etapa anterior, disponibilize e leia com as (os) estudantes as questões a seguir e peça que as respondam em seus cadernos.

  1. Indique uma grande construção (monumento, prédio público, rodovia, avenida, ferrovia etc.) que está localizada nas proximidades de sua residência, escola ou seu trabalho.
  2. Reflita um pouco e mencione que tipos de conhecimentos e profissões/profissionais foram importantes para a realização da construção citada? 

Após terminarem de responder às questões, caso seja viável, valeria a pena as (os) estudantes lerem as suas respostas para compará-las.

Etapa 3: Classe trabalhadora no pós-abolição.

Professor(a), discuta com as (os) estudantes sobre o contexto do trabalho e da classe trabalhadora no pós-abolição da escravidão no Brasil, sobretudo no que se refere à precariedade do trabalho livre e da invisibilização e criminalização de trabalhadoras e trabalhadores. Vale ressaltar, nesse sentido, a forte presença de grupos populacionais de origem afro-brasileira e de imigrantes na região central de cidades como o Rio de Janeiro. Essa presença construiu e reforçou, do ponto de vista cultural e socioeconômico, territórios específicos dentro dessas cidades como, por exemplo, a Pequena África carioca.

Etapa 4: Análise de documentos e roda de conversa.

Como forma de ampliar a discussão da etapa anterior acerca da classe trabalhadora no pós-abolição, seria de suma importância disponibilizar às (aos) estudantes, através de fotocópias ou de projeção em um quadro, a seguinte documentação:

Seria interessante, se possível, realizar a leitura dos documentos em duas fases: a primeira, individual e silenciosa; a segunda, em voz alta, com as(os) estudantes alternando-se na leitura, de maneira que boa parte da turma participe da ação. Em seguida, organize uma roda de conversa em que as (os) estudantes busquem interpretar os referidos documentos tendo como base os seguintes questionamentos:

  • Que atividades estavam sendo criminalizadas no trecho analisado do Código Penal de 1890?
  • Essas atividades são criminalizadas na atualidade? Elas são reprimidas pelas forças estatais de segurança?
  • Que atividades vieram desempenhar os imigrantes analisados pela Tabela?
  • De que nacionalidades são os maiores contingentes de imigrantes no período explorado pela Tabela?
  • Que anos tivemos mais entradas de imigrantes dentro do período analisado na Tabela?
  • Afro-brasileiros e imigrantes (em geral, brancos) eram reprimidos e punidos pelo Código Penal de igual maneira?

Enquanto há o desenvolvimento da roda de conversa, as (os) estudantes podem ser estimulados a registrarem seus apontamentos no caderno para posteriores leituras, comparações e/ou reflexões.

Etapa 5: Transformações urbanísticas do Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX.

Professor(a), elabore uma breve contextualização das transformações urbanísticas ocorridas no Rio de Janeiro, então capital federal, iniciadas na prefeitura de Pereira Passos (1902-1906). Esse conjunto de transformações esteve ligado, no período conhecido como Belle Époque, a ideais de modernização da sociedade e do Brasil que excluíam a classe trabalhadora. Cabe pontuar que não foi um processo que se desenrolou unicamente no Distrito Federal, mas em outras grandes cidades do país, como São Paulo, Manaus, Belo Horizonte etc.

Etapa 6: Análise do documentário O Rio dos trabalhadores, breve debate sobre o filme e elaboração de tópicos com seus principais temas.

Após breve introdução do tema na etapa anterior, pode-se dar início à projeção e análise do documentário O Rio dos trabalhadores, de Maria Ciavatta e Paulo Castiglioni (19min), de 2001 . A obra foi realizada a partir da pesquisa “O Mundo do Trabalho em Imagens – a fotografia como fonte histórica (Rio de Janeiro, 1900/1930)” no Núcleo de Estudos, Documentação e Dados sobre Trabalho e Educação NEDDATE – do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense – UFF. O filme retrata o ambiente de modernização do Rio de Janeiro, no início do século XX e as transformações das relações de trabalho. A referida obra aponta, também, a participação ativa de trabalhadoras e trabalhadores no processo de mudanças no mundo do trabalho do escravismo até a obtenção de direitos trabalhistas mínimos, através de organização, greves e mobilizações.Depois de analisar o documentário, seria interessante estimular as (os) estudantes, a partir de um rápido debate, a elencarem os principais temas do documentário O Rio dos trabalhadores, registrando-os em seus cadernos.

Etapa 7: Roda de conversa e produção de texto coletivo sobre a classe trabalhadora no início do século XX

Professor(a), junto com as (os) estudantes, rememore os principais aspectos do filme O Rio dos trabalhadores, analisado na etapa anterior. Para isso, vale recorrer aos apontamentos construídos anteriormente pelas (os) estudantes quando do breve debate após a projeção do filme em questão. A partir disso, organize uma roda de conversa cujo objetivo seja construir um texto coletivo tendo como base, além dos itens elencados pelas (os) estudantes, dois elementos da narrativa do documentário:

  • A lista de greves, manifestações e revoltas da classe trabalhadora ocorridas no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX (próximo aos 6min 45seg).
  • Uma frase dita pelo narrador: “Valorizava-se o trabalho, desvalorizando o trabalhador” (próximo aos 11min 35seg).

O texto coletivo a ser produzido, a partir da roda de conversa, pode ter como proposta responder ao seguinte questionamento:

  • Quais eram as condições de vida, trabalho e luta da classe trabalhadora brasileira nas primeiras décadas do século XX?

A elaboração do texto coletivo pode ser realizada a partir do encadeamento de frases surgidas na conversa, formando dois ou três parágrafos, ou através de tópicos. Em qualquer uma das formas, o(a) professor(a) deverá ir registrando no quadro o resultado da construção discente até a formatação final do texto. Ao término da produção, as (os) estudantes registram o texto final em seus cadernos. Uma alternativa seria a produção em um editor de texto para ser impresso e exibido na escola como ação final da atividade, o que poderia suscitar futuros debates com outras turmas e/ou membros da comunidade escolar.

Bibliografia e Material de apoio:

BENCHIMOL, Jayme Larry. Pereira Passos: um Haussman tropical. A revolução urbana da cidade do Rio de Janeiro no início do século XX. Rio de Janeiro: SMCTE-RJ, 1992.

BRECHT, Bertolt. Perguntas de um trabalhador que lê. In: ________. Poemas e canções. São Paulo: Civilização Brasileira, 1966, p. 75.

CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

CHALOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim:  o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque. São Paulo: Brasiliense, 1986.

CIAVATTA, Maria. O Rio dos trabalhadores – A educação do olhar e a fotografia como fonte histórica. Revista Trabalho Necessário, 18(35), 2020, p. 240-263. Disponível em: https://doi.org/10.22409/tn.v18i35.40506. Acesso em: 30 jun. 2022.

DEL PRIORE, Mary. Histórias da gente brasileira. Volume 3: República – Memórias (1889-1950). Rio de Janeiro: Le Ya, 2017.

IBGE. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro, 2000. Apêndice: Estatísticas de 500 anos de povoamento. p. 226. Disponível em: https://brasil500anos.ibge.gov.br/estatisticas-do-povoamento/imigracao-por-nacionalidade-1884-1933.html. Acesso em: 30 jun. 2022.

PRESIDÊNCIA da República. Código Penal dos Estados Unidos do Brazil: Decreto nº  847, de 11 de outubro de 1890. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/D847.htmimpressao.htm. Acesso: 30 jun. 2022.


Créditos da imagem de capa: MALTA, Augusto. Obras de demolição do morro do Castelo na atual rua México; à esquerda, os fundos da Biblioteca Nacional; no alto, a igreja de São Sebastião. 29 out. 1921. Domínio público / Acervo do Instituto Moreira Salles.



Chão de Escola

Nos últimos anos, novos estudos acadêmicos têm ampliado significativamente o escopo e interesses da História Social do Trabalho. De um lado, temas clássicos desse campo de estudos como sindicatos, greves e a relação dos trabalhadores com a política e o Estado ganharam novos olhares e perspectivas. De outro, os novos estudos alargaram as temáticas, a cronologia e a geografia da história do trabalho, incorporando questões de gênero, raça, trabalho não remunerado, trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias e até mesmo desempregados no centro da análise e discussão sobre a trajetória dos mundos do trabalho no Brasil.
Esses avanços de pesquisa, no entanto, raramente têm sido incorporados aos livros didáticos e à rotina das professoras e professores em sala de aula. A proposta da seção Chão de Escola é justamente aproximar as pesquisas acadêmicas do campo da história social do trabalho com as práticas e discussões do ensino de História. A cada nova edição, publicaremos uma proposta de atividade didática tendo como eixo norteador algum tema relacionado às novas pesquisas da História Social do Trabalho para ser desenvolvida com estudantes da educação básica. Junto a cada atividade, indicaremos textos, vídeos, imagens e links que aprofundem o tema e auxiliem ao docente a programar a sua aula. Além disso, a seção trará divulgação de artigos, entrevistas, teses e outros materiais que dialoguem com o ensino de história e mundos do trabalho.

A seção Chão de Escola é coordenada por Claudiane Torres da Silva, Luciana Pucu Wollmann do Amaral e Samuel Oliveira.

LABUTA – Mundos do Trabalho e Independência #03 – com Hendrik Kraay

A Série “Mundos do Trabalho e Independência” é uma parceria entre o LEHMT/UFRJ, o LEDDES/UERJ e o Laboratório de Conexões Atlânticas/PUC-Rio. Nos sete episódios da série, historiadoras e historiadores apresentam pesquisas que destacam a diversidade de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras na história da fundação do Estado nacional brasileiro.

No terceiro episódio da série, Hendrik Kraay (University of Calgary) sugere abordagens para pensar o impacto da independência para os trabalhadores da cidade de Salvador na Bahia.

Direção e Roteiro: Felipe A. Souza e Renata Moraes.
Gravação e produção: Natalia Gomes e Thompson Clímaco

Ano de produção: 2022
Duração: 12’28’’

Labuta é um canal de vídeos do LEHMT sobre história, trabalho e sociedade

Vozes Comunistas #10: Tenorinho



Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.

“Vozes comunistas” é uma série especial do Vale Mais, podcast do LEHMT/UFRJ. Nessa série homenageamos o centenário do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e divulgamos áudios que permitem uma reflexão sobre as fortes e complexas relações entre o partido e os mundos do trabalho ao longo da história do país. A cada quinze dias, um trecho de uma entrevista de antigos sindicalistas, lideranças operárias e camponesas ou mesmo trabalhadores/as de base conta um pouco da história do PCB e sua importância para a história do trabalho no Brasil. Pesquisamos áudios em acervos públicos e particulares de todo o país, que serão apresentados por pesquisadores e historiadores especialistas na trajetória do partido. Em nosso décimo episódio, apresentamos trechos de uma entrevista com o dirigente sindical Luiz Tenório de Lima, o Tenorinho. Migrante pernambucano, Tenorinho foi importante liderança sindical dos trabalhadores do setor da indústria de alimentação em São Paulo nos anos 1950 e 60. Foi também da direção do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) no pré-1964. Essa voz comunista será apresentada pela historiadora Larissa Rosa Corrêa (PUC-Rio).

Projeto e execução: Ana Clara Tavares, Felipe Ribeiro, Larissa Farias e Paulo Fontes
Apoio: Centro de Documentação e Imagem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Agradecemos às instituições e pesquisadores que gentilmente colaboraram com nosso projeto

Referência da entrevista: Entrevista Luiz Tenório de Lima. 04.04.1997. Entrevistadores: Paulo Fontes e Hélio da Costa. Centro de Documentação e Imagem (CEDIM) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz Vale Mais

Está no ar o quarto episódio da nova temporada do podcast Vale Mais, do LEHMT-UFRJ! Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. Neste quarto episódio, conversamos com Itan Cruz, doutor em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), sobre sua tese Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1889). Ao longo da conversa, Itan mostra como investigou de que maneira políticos baianos, como Saraiva, Dantas e Cotegipe, influenciaram os últimos anos do cativeiro no Brasil. Entre jogos de poder, alianças improváveis e disputas internas, revelamos como o baianismo atravessou gabinetes, salões, senzalas e até as relações íntimas do Império. Para saber mais, ouça o episódio. E não deixe de acompanhar a nova temporada do Vale Mais! Entrevistadores: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Josemberg Araújo, Larissa Farias e Thompson Clímaco Roteiro: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Larissa Farias e Thompson Clímaco Produção: Ana Clara Tavares e Larissa Farias Edição: Josemberg Araújo e Thompson Clímaco Diretor da série: Thompson Clímaco Coordenadora geral do Vale Mais: Larissa Farias
  1. Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz
  2. Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima
  3. Vale Mais #29: The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil, por Alexandre Fortes
  4. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  5. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus

Vale Mais #23: Trabalhadores da Amazônia Setentrional



Vale Mais é o podcast do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da UFRJ, que tem como objetivo discutir história, trabalho e sociedade, refletindo sobre temas contemporâneos a partir da história social do trabalho.

 O episódio #23 do Vale Mais é sobre Trabalhadores da Amazônia Setentrional

Neste episódio conversamos com o historiador Marlos Vinícius Gama de Matos que recentemente defendeu sua dissertação de mestrado intitulada “Modernização e condições de labuta na Amazônia Setentrional: força de trabalho, acidentes e doenças tropicais na gênese de um projeto de extração mineral no Amapá (1948-1956)” pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) sob a orientação da professora Lara Vanessa de Castro Ferreira.  
Vinícius defendeu em 2022 a dissertação na qual analisa o perfil da mão de obra empregada na Indústria e Comércio de Minérios S.A entre 1948 e 1956, bem como investiga acidentes e doenças do (e no) trabalho, revelando, portanto, as condições de vida e trabalho em que diversos trabalhadores foram historicamente submetidos.
A partir de diferentes tipologias de fontes como registros e fichas de empregados, artigos da revista Icomi-Notícias e do Jornal Amapá, fotografias relacionadas à Icomi, dentre outras, o historiador traz à tona a relação entre o projeto de exploração mineral capitaneado pela Icomi com as diretrizes econômicas e políticas do Território Federal do Amapá e do governo federal.
Além disso, o autor, a partir dos milhares registros de empregados (e algumas dezenas de fichas) analisados de forma quantitativa, demonstra que a força de trabalho icomiana era condizente com um perfil de uma mão de obra da construção civil, ou seja, masculina, volátil, jovem, solteira e migrante; chamando ainda a atenção para as condições de labuta dos trabalhadores que envolviam a falta de segurança no trabalho e longas jornadas com o emprego de roupas e equipamentos inadequados, o que poderia causar fadiga, acidentes, e o aumento da incidência de doenças como malária e tuberculose.

Produção: Alexandra Veras, Isabelle Pires, João Christovão, Larissa Farias e Yasmin Getirana
Roteiro: Alexandra Veras, Isabelle Pires, João Christovão, Larissa Farias e Yasmin Getirana
Apresentação: Larissa Farias 

Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz Vale Mais

Está no ar o quarto episódio da nova temporada do podcast Vale Mais, do LEHMT-UFRJ! Nesta temporada, convidamos pesquisadoras e pesquisadores para discutir projetos, livros e teses recentes que aprofundam debates interdisciplinares sobre os mundos do trabalho. Neste quarto episódio, conversamos com Itan Cruz, doutor em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), sobre sua tese Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil (1880-1889). Ao longo da conversa, Itan mostra como investigou de que maneira políticos baianos, como Saraiva, Dantas e Cotegipe, influenciaram os últimos anos do cativeiro no Brasil. Entre jogos de poder, alianças improváveis e disputas internas, revelamos como o baianismo atravessou gabinetes, salões, senzalas e até as relações íntimas do Império. Para saber mais, ouça o episódio. E não deixe de acompanhar a nova temporada do Vale Mais! Entrevistadores: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Josemberg Araújo, Larissa Farias e Thompson Clímaco Roteiro: Ana Clara Tavares, Isabelle Pires, Larissa Farias e Thompson Clímaco Produção: Ana Clara Tavares e Larissa Farias Edição: Josemberg Araújo e Thompson Clímaco Diretor da série: Thompson Clímaco Coordenadora geral do Vale Mais: Larissa Farias
  1. Vale Mais #31: Saraiva, Dantas e Cotegipe: baianismo, escravidão e os planos para o pós-abolição no Brasil, por Itan Cruz
  2. Vale Mais #30: A cultura de luta antirracista e o movimento negro do século 21, por Thayara Lima
  3. Vale Mais #29: The Second World War and the Rise of Mass Nationalism in Brazil, por Alexandre Fortes
  4. Vale Mais #28: O poder e a escravidão, por Bruna Portella e Felipe Azevedo
  5. Vale a Dica #14: Orgulho e Esperança, de Matthew Warchus

LABUTA – Mundos do Trabalho e Independência #02 – com João Paulo Peixoto

A Série “Mundos do Trabalho e Independência” é uma parceria entre o LEHMT/UFRJ, o LEDDES/UERJ e o Laboratório de Conexões Atlânticas/PUC-Rio. Nos sete episódios da série, historiadoras e historiadores apresentam pesquisas que destacam a diversidade de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras na história da fundação do Estado nacional brasileiro.

No segundo episódio da série, João Paulo Peixoto (IFPI) fala sobre as expectativas e participação dos povos indígenas no processo de independência do Brasil, bem como suas complexas e diversas relações com os mundos do trabalho naquele período.

Direção e Roteiro: Felipe A. Souza e Renata Moraes.
Gravação e produção: Natalia Gomes e Thompson Clímaco
Ano de produção: 2022
Duração: 11’39’’

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Livros de Classe #21: Na senzala, uma flor, de Robert Slenes, por Elciene Azevedo

Neste episódio, Elciene Azevedo, professora da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), apresenta o livro “Na senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava (Brasil Sudeste, século XIX)”, de Robert Slenes. A obra, publicada em 1999, revolucionou o fundamental debate historiográfico sobre a família escrava no Brasil. Além disso, ao focar sua análise nos escravos de origem nos grupos linguísticos bantos (majoritários na região Sudeste do Brasil), o livro aborda de maneira inovadora diversos aspectos da cultura e resistências escravas.

Livros de Classe

Os estudantes de graduação são desafiados constantemente a elaborar uma percepção analítica sobre os diversos campos da história. Nossa série Livros de Classe procura refletir justamente sobre esse processo de formação, trazendo obras que são emblemáticas para professores/as, pesquisadores/as e atores sociais ligados à história do trabalho. Em cada episódio, um/a especialista apresenta um livro de impacto em sua trajetória, assim como a importância da obra para a história social do trabalho. Em um formato dinâmico, com vídeos de curtíssima duração, procuramos conectar estudantes a pessoas que hoje são referências nos mais diversos temas, períodos e locais nos mundos do trabalho, construindo, junto com os convidados, um mosaico de clássicos do campo.

A seção Livros de Classe é coordenada por Ana Clara Tavares.

LABUTA: Mundos do Trabalho e Independência #01 – com Beatriz Mamigoniam

A Série “Mundos do Trabalho e Independência” é uma parceria entre o LEHMT/UFRJ, o LEDDES/UERJ e o Laboratório de Conexões Atlânticas/PUC-Rio. Nos sete episódios da série, historiadoras e historiadores apresentam pesquisas que destacam a diversidade de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras na história da fundação do Estado nacional brasileiro.

No episódio de estreia, Beatriz Mamigonian (UFSC) conta como o tráfico de trabalhadores/as escravizados/as foi fundamental no processo de independência do Brasil a fundação do Estado brasileiro.

Direção e Roteiro: Felipe A. Souza e Renata Moraes.
Gravação e produção: Natalia Gomes e Thompson Clímaco

Ano de produção: 2022
Duração: 12’30’’

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