Labuta #11 O que é história social do trabalho? – Entrevista com Angela de Castro Gomes – Parte 1


Angela de Castro Gomes é uma das mais reconhecidas historiadoras do país. É pesquisadora 1A do CNPq. Graduada em História pela Universidade Federal Fluminense, com mestrado e doutorado em Ciência Política pelo IUPERJ. É professora titular aposentada de História do Brasil da Universidade Federal Fluminense e é Professora Emérita do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas, onde trabalhou de 1976 a 2013. Foi Pesquisadora Visitante Sênior Nacional na Unirio (2014-2020). Publicou dezenas de livros e artigos, com destaque para Burguesia e Trabalho: política e legislação social no Brasil (1917-1937) (Campus, 1979); A invenção do trabalhismo. (Vértice, 1988); Cidadania e direitos do trabalho (Jorge Zahar, 2002); A Justiça do Trabalho e sua história (com Fernando T. da Silva, Editora Unicamp, 2013); e Trabalho escravo contemporâneo: tempo presente e usos do passado (com Regina Guimarães Neto, Editora FGV, 2018).

A Parte 2 será publicada em maio de 2020.

Direção, Roteiro e Produção: Deivison Amaral, Heliene Nagasava e Paulo Fontes.
Ano de produção: 2020
Duração: 13’54’’

Labuta é um canal de vídeos do LEHMT sobre história, trabalho e sociedade.
A série “O que é história social do trabalho?” inaugura o Labuta. Durante o ano de 2019, publicaremos a série, que tem por objetivo apresentar o campo de estudos da história social do trabalho a partir de entrevistas com especialistas.

www.lehmt.org
Produção do LEHMT – Laboratório de Estudos da História dos Mundos do Trabalho da UFRJ

Chamada para publicação de artigo em Dossiê Temático “Mundos do Trabalho”

A Revista Cantareira – periódico do corpo discente da Universidade Federal Fluminense – convida à chamada de artigos para o dossiê Mundos do Trabalho.

Diante da pluralidade do campo, o dossiê abre chamada para trabalhos que busquem discutir as diferentes experiências históricas do trabalho, trabalhadores e seus marcadores sociais, as formas de produção, seus espaços de sociabilidade e cultura, e sua organização de classe e participação política, assim como o seu relacionamento com as instituições, em períodos democráticos ou ditatoriais.

O dossiê é organizado por Clarisse Pereira, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História da UFF, e Heliene Nagasava, doutoranda do CPDOC/FGV e membro do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho (LEHMT/UFRJ)

Prazo de recepção dos trabalhos: 20 de julho de 2020.

Para maiores informações, acessar: https://periodicos.uff.br/cantareira/announcement/view/359

“O futuro promete?”: resenha de filmes sobre os mundos do trabalho

Em tempos de aumento da precarização do trabalho, alguns filmes retrataram essa dinâmica e são o objeto da resenha feita por Renata Moraes, professora do departamento de história da UERJ e pesquisadora do LEHMT, e publicada em 2020, no site da HH magazine. O ganhador do Oscar de melhor documentário, American Factory, é o ponto de partida para pensar as mudanças nas relações de trabalho atuais. A resenha também aborda o recém lançado filme do premiado cineasta britânico Ken Loach, Você não estava aqui, uma ficção baseada em fatos reais e no mundo dos entregadores de mercadorias. O trabalho no Brasil é tratado no documentário de Marcelo Gomes, Estou me guardando para quando o carnaval chegar, que aborda o cotidiano de uma cidade no interior de Pernambuco, grande produtora de jeans. A resenha “‘O futuro promete’: a precarização do trabalho nas telas do cinema” é uma reflexão sobre o porvir que tende a ser ainda pior para os trabalhadores, principalmente diante de um discurso de empreendedorismo e redução de direitos no trabalho.

Link para a resenha https://hhmagazine.com.br/o-futuro-promete-a-precarizacao-do-trabalho-nas-telas-do-cinema/ 

Crédito da imagem de capa: American Factory. Netflix.

Dossiê História do Trabalho e trabalhadores: dimensões políticas, econômicas e sociais

A Revista Ars Histórica, do corpo discente do programa de pós-graduação em História Social da UFRJ, acaba de publicar seu número 19 com um dossiê intitulado “História do Trabalho e trabalhadores: dimensões políticas, econômicas e sociais”. Isabelle Pires e Yasmin Getirana, pesquisadoras do LEHMT, fazem parte do conselho editorial da revista.O dossiê conta com apresentação de Paulo Fontes, professor do IH-UFRJ e coordenador do LEHMT.Os artigos do dossiê tratam de uma variedade de temas e contextos: trabalhadores/as entre o controle, a repressão, a vigilância e o duro cotidiano de trabalho no período da ditadura militar; os processos de construção de gênero entre as operárias de um estabelecimento industrial no Sul do país; o trabalho escravo abordado sob a perspectiva de suas especialidades e “qualificações”; o clássico tema da relação entre os trabalhadores e as lideranças políticas reatualizado para o contexto local da cidade do Rio de Janeiro nos anos 1930; dentre outras temáticas. A qualidade das pesquisas, a diversidade dos temas e a pluralidade de abordagens são mais uma demonstração da vitalidade e do potencial da historiografia do trabalho brasileiro neste momento tão decisivo de nossa história.

Artigo ‘O testemunho audiovisual e imaginário da cultura negra’ – Samuel Oliveira

Samuel Silva Rodrigues de Oliveira, membro do LEHMT, e Roberto Carlos da Silva Borges, ambos professores do CEFET-RJ, publicaram o artigo “O testemunho Visual e imaginário da cultura negra” no livro Alteridade em Tempos de Incerteza: escutas sensíveis organizado por Miriam Hermeto, Gabriel Amato, Carolina Delamore da editora Letra e Voz. O livro foi publicado no final de 2019.

O artigo é um dos resultados de pesquisa coordenada pelos autores sobre a história e memória do cinema negro no Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais do CEFET-RJ. É também parte de um esforço mais geral de vários campos historiográficos, entre os quais a história social do trabalho, da escravidão e do pós-abolição em produzir conteúdos para um público amplo. Na área do audiovisual, os historiadores estabeleceram diálogos com outros atores, redefiniram a recepção de suas narrativas, ao criarem estratégias de produção e distribuição, e disputaram perspectivas de olhar o passado com outros agentes sociais que também produziram documentários.

O artigo em questão analisa e apresenta a mostra de documentários sobre a cultura negra produzidos por historiadores, antropólogos, cineastas e pela televisão pública brasileira. 

Link para venda do livro: https://www.letraevoz.com.br/produtos/alteridades-em-tempos-de-incerteza-escutas-sensiveis-miriam-hermeto-gabriel-amato-e-carolina-dellamore/

Labuta #10 O que é história social do trabalho? – Entrevista com Antonio Luigi Negro


Antonio Luigi Negro é Professor Titular da Universidade Federal da Bahia, onde leciona desde 2002. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (1989), mestrado em História Social (1995) e doutorado em História Social (2001), ambos pela Universidade Estadual de Campinas. Foi Editor da Revista Brasileira de História de 2015 a 2017. Publicou, entre outros livros, Linhas de Montagem: o Industrialismo Nacional-Desenvolvimentista e a Sindicalização dos Trabalhadores (Boitempo, 2004), As Peculiaridades dos Ingleses e Outros Artigos (com Sergio Silva, Editora da Unicamp, 2001), e Na luta por direitos (com Paulo Fontes, Hélio da Costa e Fernando Teixeira da Silva, Editora da Unicamp, 1999). 

Direção, Roteiro e Produção: Deivison Amaral, Heliene Nagasava e Paulo Fontes.
Ano de produção: 2020
Duração: 13’23’’

Labuta é um canal de vídeos do LEHMT sobre história, trabalho e sociedade.
A série “O que é história social do trabalho?” inaugura o Labuta. Durante o ano de 2019, publicaremos a série, que tem por objetivo apresentar o campo de estudos da história social do trabalho a partir de entrevistas com especialistas.

www.lehmt.org
Produção do LEHMT – Laboratório de Estudos da História dos Mundos do Trabalho da UFRJ

Livro “História escrita, história vivida” reúne debates sobre memórias, movimentos sociais e formas de repressão na ditadura militar

Ao final do ano de 2019, foi lançado o livro História escrita, história vivida: movimentos sociais, memória e repressão política na ditadura militar brasileira. Publicada pela editora Lamparina, a obra reúne pesquisadores e pesquisadoras que estudam sobre a ditadura militar no estado do Rio de Janeiro.

A coletânea, organizada pelos professores Jean Rodrigues Sales, Luís Edmundo Moraes, Marcos Bretas e Abner Sótenos, teve origem em um projeto de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), por meio do edital de apoio ao estudo de temas relacionados ao direito à memória, à verdade e à justiça, relativas às violações de direitos humanos. Intitulado O testemunho como janela, este projeto buscou analisar o perfil dos atingidos pela ditadura militar e a estrutura repressiva existente em território fluminense a partir dos testemunhos prestados à Comissão de Reparação do Estado do Rio de Janeiro. Um balanço sobre este projeto, em forma de notas de pesquisa, encontra-se logo no início do livro, seguido de mais cinco capítulos sobre temas que dialogam em alguma medida com o projeto.

O segundo capítulo, por exemplo, foi escrito por Felipe Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e também integrante do LEHMT. Neste texto, intitulado  “A Revolução conseguiu desbaratar todos os revolucionários”: repressão aos trabalhadores e rearticulação das forças políticas frente ao golpe de 1964,o autor retoma reflexões de sua tese de doutorado, defendida em 2015, analisando as relações entre trabalhadores, sindicatos e partidos políticos frente ao governo autoritário recém-instaurado.

Como destacam os organizadores do livro em sua apresentação: “em um momento no qual setores da sociedade defendem o retorno do autoritarismo, as reflexões sobre tais temas tornam-se cada vez mais urgentes e relevantes”.

O livro História escrita, história vividaencontra-se disponível nas principais livrarias e também no site da editora Lamparina.

Artigo ‘A Comissão Nacional de Bem-estar Social: planejamento estatal e política social, 1951-1954’ – Samuel Oliveira

O artigo escrito pelo historiador e pesquisador do LEHMT Samuel Oliveira (CEFET-RJ/PPRER) analisa a Comissão Nacional de Bem-Estar Social (CNBS). Instituída no Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, entre 1951 e 1954, tinha como proposta unificar e reformar os serviços de assistência social, habitação, alimentação, saúde e previdência para os trabalhadores urbanos assalariados, “rurícolas” e favelados. Na CNBS, destacava-se, direta e indiretamente, o tema da expansão dos direitos sociais no campo e a relação entre a expansão “desenvolvimento” econômico e o problema da “marginalidade social”.

Ao contrário da expectativa contemporânea, em que o Ministério do Trabalho foi extinto e os direitos sociais são foco de sucessivas reformas e restrições justificadas pela “crise fiscal” e pela agenda neoliberal, o pós-Segunda Guerra experimentou um período de avanço dos direitos sociais no mundo. Assim como outras comissões formadas durante o governo de Getúlio Vargas entre 1951 e 1954, a CNBS reunia um conjunto de intelectuais e especialistas que investigavam a realidade social brasileira e participavam das discussões internacionais promovidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências sobre o planejamento estatal de um “Estado de Bem-Estar Social”.

O texto analisa o acervo da CNBS no Arquivo Privado de Alzira do Amaral Peixoto Vargas (APAAPV), sob guarda do Centro de Pesquisa e Documentação em História do Brasil (CPDOC-FGV). Na historiografia do período, a comissão e o acervo documental associado a mesma não havia sido estudada ainda por outros pesquisadores que priorizam a compreensão das “crises” do governo de Vagas e as relações entre sindicatos e o jogo político partidário do “populismo”.

Link para o artigo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702019000900147&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Crédito da foto de capa: Alzira Vargas do Amaral Peixoto, José Segadas Viana, Arnaldo Sussekind, Ernesto Simões Filho em Conferência do Quitandinha, na Comissão Nacional de Bem-Estar Social. Classificação: AVAP foto 073 (fotos 2). Arquivo Alzira Vargas do Amaral Peixoto (AVAP). Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV)

Artigo “Encenando a modernidade no Rio de Janeiro e em Buenos Aires: o trabalho artístico como promoção da identidade nacional” – Flavia Veras

Flavia Veras, pesquisadora do LEHMT, publicou o artigo “Encenando a modernidade no Rio de Janeiro e em Buenos Aires: o trabalho artístico como promoção da identidade nacional” no volume 13 (número 2) da Revista de História Comparada do Programa de Pós-Graduação em História Comparada (UFRJ) de 2019.

O artigo traz uma reflexão sobre o mercado de diversões no Rio de Janeiro e em Buenos Aires na primeira metade do século XX, propondo pensar como o estudo desse setor pode contribuir para o debate sobre a identidade nacional em cada um dos espaços.

Labuta #09 O que é história social do trabalho? – Entrevista com Cristiana Schettini


Cristiana Schettini Possui graduação em história pela Universidade Estadual de Campinas (1994), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1997) e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente, é pesquisadora do CONICET e professora adjunta no Instituto de Altos Estudios Sociales da Universidad Nacional de General San Martin (IDAES-UNSAM), na Argentina. Venceu o Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisas e publicou sua tese de doutorado Que tenhas teu corpo?: uma história das políticas da prostituição no Rio de Janeiro das primeiras décadas republicanas. (2006, Editora do Arquivo Nacional). Publicou também, em coorganização com Juan Suriano, Historias Cruzadas. Diálogos historiográficos sobre el mundo del trabajo en Argentina y Brasil (2019, editora Teseo). 


Direção, Roteiro e Produção: Deivison Amaral, Heliene Nagasava e Paulo Fontes.
Ano de produção: 2020
Duração: 11’33’’

Labuta é um canal de vídeos do LEHMT sobre história, trabalho e sociedade.
A série “O que é história social do trabalho?” inaugura o Labuta. Durante o ano de 2019, publicaremos a série, que tem por objetivo apresentar o campo de estudos da história social do trabalho a partir de entrevistas com especialistas.

www.lehmt.org
Produção do LEHMT – Laboratório de Estudos da História dos Mundos do Trabalho da UFRJ